O governo quer baixar o fogo da “guerra religiosa-eleitoral” dos últimos dias, mas está difícil conter padres e pastores. Ontem, numa missa transmitida pela rede de TV católica Canção Nova, o padre José Augusto desceu a borduna no PT. Afirmou que “não votou e não votará” no partido “que está apoiando o aborto”. Eis algumas pílulas do que disse o padre:
*”Os rumos da nação brasileira poderão mudar para o lado pior se neste segundo turno o PT ganhar. Estou falando claro. Podem me matar, podem me prender, podem me processar, mas não me calarei diante de um partido que está apoiando o aborto que a Igreja não aprova.”
*”Não votei e não votarei, sou a favor da vida. A nação brasileira não pode se tornar uma nação marxista, terrorista. Quem compactuar com pessoas que aderem ao aborto tem que ser excomungado.”
A Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação resolveu, no entanto, botar panos quentes nas declarações do padre José Augusto. Num comunicado divulgado há pouco diz que a Canção Nova “não apóia, não subsidia e não possui vínculos com partidos e candidatos. É necessário ressaltar que não autorizamos, bem como não aprovamos manifestações isoladas de apresentadores, colaboradores e engajados”. Apesar das resalvas, o fogo só faz subir.
Por Lauro Jardim
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Padre prega contra PT e aborto na TV
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