sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IBGE MOSTRA O INCHACO DA MAQUINA PUBLICA - EMPREGO CRESCE MAIS NO SETOR PÚBLICO


Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de setembro, divulgados nesta quinta-feira, 21, pelo IBGE, comparados aos resultados da PME de março, apontam para um fato instigante: foi a administração pública (excluídas as empresas estatais) nas três esferas de governo - federal, estadual e municipal - a responsável pelo maior número de postos de trabalho abertos no país e, também, pelo forte aumento da massa salarial.

Confrontando os dados de setembro com os de março - mês em que começou a aparecer uma mudança de tendência nas apurações da PME, a administração pública criou 291 mil vagas. A indústria foi responsável pela abertura de 137 mil novos postos de trabalho (dentre elas as empresas estatais) ; os serviços, 43 mil; e o comércio, 7 mil.

Desde o final do mês de março, a administração pública aumentou de 15,6% para 16,6% sua participação no estoque de ocupados no país, ao mesmo tempo em que no segmento privado a desaceleração da contratação e da produção já aparece, embora ainda não de forma muito visível.

Embora o período eleitoral seja marcado por uma legislação que restringe a contratação de mão de obra pelo setor público nos três meses que antecedem o primeiro turno, muitos desses postos de trabalho já haviam sido objeto de concursos. Os concursados foram sendo chamados a assumir as vagas ao longo dos meses. Os dados do IBGE, porém, não chegam a esse nível de detalhamento - se quem entrou foi por concurso ou por outras formas - assim como não é possível identificar as esferas de governo que mais contrataram.

Ainda com base nos dados de setembro sobre a performance de março, a massa salarial teve um crescimento de 7,2%. Também nesse caso, quem mais contribuiu para sustentar o crescimento foi a administração pública, onde o aumento da massa de salários foi de 15,6%. Fora dela, o aumento foi bem mais modesto: 4,5%. Na construção civil, os salários cresceram 3,9% em setembro sobre março; no setor de serviços, 2,8%; e no comércio, apenas 1,5%.

Fonte: Valor Econômico

Nenhum comentário: