quinta-feira, 28 de julho de 2011

TCU vê sobrepreço em 2 contratos da ferrovia Norte-Sul


TCU vê sobrepreço em 2 contratos da ferrovia Norte-Sul

Tribunal determina devolução de R$ 82 mi pagos a mais pela estatal Valec e recomenda paralisar obras

TCU também aplicou multa a gestores e pediu a retenção de R$ 1,8 mi de contrato de obra do Dnit em Mato Grosso

DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

O Tribunal de Contas da União confirmou sobrepreço de R$ 82 milhões em dois contratos da ferrovia Norte-Sul em TO, mandou cobrar os recursos pagos a mais e recomendou ao Congresso que mande paralisar as obras.
Segundo o relator, ministro Valmir Campelo, a construtora Andrade Gutierrez, responsável pelos dois lotes num contrato com a estatal Valec, estava cobrando por despesas indiretas valores acima do razoável.
A Valec, estatal ligada ao Ministério dos Transportes responsável pelo sistema ferroviário, foi um dos focos de irregularidades na crise que derrubou a cúpula da pasta.
Os dois contratos somam R$ 537 milhões para 212 quilômetros e foram assinados em 2007. Eles já sofreram três aditivos e, no total, o custo já passa dos R$ 605 milhões.
Desde o início o TCU tem apontado problemas e recomendou várias vezes ao Congresso a paralisação da obra.
Segundo o relator, a Valec pagava por salários de algumas categorias valores até 50% acima da tabela e queria receber por dias parados pelas chuvas valores iguais aos dias de trabalho.
Esse trecho estava com cerca de 50% de sua execução. O relatório aconselha abrir procedimento para saber quanto foi pago além e os servidores que permitiram o sobrepreço. Eles também terão de ressarcir o erário.
O advogado da construtora, Francisco de Freitas Ferreira, diz que é preciso levar em conta especificidades da obra, tabelas de preços atualizadas e custos adicionais resultantes de atrasos. A Valec diz que tomará providências quando notificada.
O TCU também aplicou multa a gestores e determinou a retenção de R$ 1,8 milhão de um contrato de conservação do Dnit em MT.
Segundo o ministro Aroldo Cedraz, relator do processo, as obras de conservação da BR-164, no valor de R$ 144 milhões, iniciadas em 2008, tinham várias irregularidades como superfaturamento e preços acima do mercado.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2807201106.htm

domingo, 24 de julho de 2011

Você está sendo vigiado (pelo seu telefone) - Superinteressante

Você está sendo vigiado (pelo seu telefone)

O mundo ficou escandalizado ao descobrir que o iPhone registra os lugares onde o dono esteve. Mas seu arquirrival Android também faz isso. Veja por que os smartphones se tornaram os maiores aparelhos de espionagem do nosso tempo - e saiba o que você pode fazer para se defender.

por Bruno Garattoni


GPS

QUAL O PROBLEMA - O telefone registra a sua localização (e, no caso de celulares Android, envia essa informação para o Google).

COMO RESOLVER - No Android, entre em Definições/Localização e desmarque os itens Utilizar redes e Utilizar satélites (isso afetará serviços como o Google Maps). No iPhone, conecte o aparelho ao computador e faça a atualização para o sistema iOS 4.3.3.


MICROFONE

QUAL O PROBLEMA - Existem aplicativos espiões, que podem acionar o microfone do celular - e transformá-lo num grampo que captura os sons do ambiente.

COMO RESOLVER - No Android, evite aplicativos e procedência duvidosa (só baixe programas da loja oficial e leia os comentários dos outros usuários antes de instalar qualquer coisa). No iPhone, não instale o aplicativo Color - e não deixe que o celular seja manuseado por pessoas em que você não confia. Se você suspeita que seu celular possa estar infectado por um aplicativo espião, a única solução segura é reinstalar o sistema operacional do aparelho. iPhone: conecte o celular ao seu computador, abra o iTunes e clique em Restore (atenção: o conteúdo do celular, como contatos e agenda, será apagado). No Android, siga as instruções do fabricante.


CÂMERA

QUAL O PROBLEMA - A câmera registra o local onde cada foto foi tirada. Se você publicar as imagens na internet, outras pessoas terão acesso a esse dado.

COMO RESOLVER - Transfira as fotos para o seu computador. Clique nelas com o botão direito, selecione Propriedades e Detalhes e clique em Remover. Esse procedimento vale para o Windows 7. Se você usa Mac, use o programa Small Image (goo.gl/eEYx6).


TELEFONE

QUAL O PROBLEMA - O smartphone armazena uma lista de chamadas feitas e recebidas, prato cheio para cônjuges desconfiados (segundo uma pesquisa feita nos EUA, 65% das mulheres e 40% dos homens xeretam o celular do parceiro).

COMO RESOLVER - No Android, instale o aplicativo aFirewall, que esconde as ligações e os SMS de determinadas pessoas. No iPhone, instale o Fake Call History.


FOURSQUARE

QUAL O PROBLEMA - Pode revelar sua localização em tempo real, criando um risco. Nos EUA surgiu até um site, o pleaserobme.com (por favor me roube), listando os endereços de usuários que estavam fora de casa.

COMO RESOLVER - Utilize um pseudônimo ao criar sua conta, não coloque foto no perfil e, para maior proteção, desabilite os recursos Mayorship e Who’s Here.

http://super.abril.com.br/tecnologia/voce-esta-sendo-vigiado-pelo-seu-telefone-632080.shtml

terça-feira, 19 de julho de 2011

Assuntos Padrão: A Política e Você

Assuntos Padrão: A Política e Você: "Quando se fala em política a primeira coisa que nos vem à cabeça é um monte de bandidos, safados que nos fode todos os dias, certo? E quando..."

sábado, 16 de julho de 2011

Claudia Wasilewski: O CASO RAPUNZEL NÃO FOI INVESTIGADO

Claudia Wasilewski: O CASO RAPUNZEL NÃO FOI INVESTIGADO: "Depois de analisar a vida do Coelhinho Maconheiro e denunciar a injustiça contra o Lobo Mau , quero que vocês pensem comigo como tem furos ..."

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vereança Rio Preto: CRAF - Projeto Pioneiro da Menino Jesus de Praga é...

Vereança Rio Preto: CRAF - Projeto Pioneiro da Menino Jesus de Praga é...: "Justiça interna 49 viciados em agressão “Não faço mais nada, consigo me controlar com minha ex-mulher. Se estou num lugar e surge alguma ..."

Anonymous brazil passeata 2 de julho de 2011 protesto e prisões

Nosso tempo: Os hackers e a Rede Social

Ótimo texto de @MirandaSa_

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Nada de volta do passado, nem viagens (ainda) irrealizáveis ao futuro; devemos viver o nosso tempo, da Rede Social ameaçando os poderes e os hackers devassando os segredos da meia dúzia que subtrai a informação dos povos.

Isto ficou transparente com as incursões do Wikileaks nos arquivos do Departamento de Estado dos EUA. Essa entidade nada tem de pirata; é uma organização legal sediada em Estocolmo, que divulga documentos, fotos e informações confidenciais de interesse público, tiradas de arquivos governamentais e empresariais.

Certos dados diplomáticos que estavam armazenados em pastas sigilosas de vários países foram publicados sob o aplauso geral e – por uma dessas coincidências históricas inexplicáveis – expandiram-se juntamente com a ação das redes sociais do Norte da África, derrubando as ditaduras tunisiana e egípcia.

Foi uma explosão na Web que assustou os donos do mundo. A aragem democrática nos países árabes que resultam nas deflagrações populares do Iêmen, Líbia e Síria são conseqüências da comunicação através da Rede Social, que informa, mobiliza, organiza e lidera coletivamente, sem os políticos profissionais, partidos e organizações civis com fins de conduzir a sociedade.

Será que este trabalho pode ser considerado um “ataque de hackers” como querem – no Brasil – os detentores do governo federal? Não, enquanto as invasões forem executadas para o bem, contra o totalitarismo, a corrupção e a cooptação dos movimentos sociais e populares pelo suborno e a chantagem.

Para salvaguardar a Democracia ameaçada pelo corporativismo embutido no populismo, o novo movimento social e popular das redes virtuais. Não se trata de conspirações virtuais, mas de uma ação concreta de guerra ao poder corrompido pela degeneração dos seus quadros partidários.

No Brasil, as incursões de hackers me parecem amadorísticas pó não terem, até agora, acenado para as campanhas ativas da Rede Social. Eles invadiram arquivos do governo federal registrando presença ou tirando do aros sites da Presidência da República, Petrobras, Receita Federal, IBGE e ministérios do Esporte e da Cultura.

Agiram também, pontualmente, no Senado Federal, Universidade de Brasília e alguns órgãos estaduais nas Minas Gerais, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia em ofensivas virtuais inconsequentes.

O desencontro entre os hackers “do bem” e a Rede Social é lamentável. Os protestos mobilizadores levantados no Twitter, Facebook, Orkut e outros, como no caso Palocci, a greve dos bombeiros do Rio de Janeiro e mais recentemente a imoral entrada do BNDES em negócios particulares do empresário Abílio Diniz poderiam ter sido fortalecidos com essa reunião.

Igualmente seria uma boa sugestão, que uma frente informatizada da Rede Social e dos hackers do bem participasse não apenas das contestações populares, mas também das lutas reivindicatórias do proletariado, e, inarredavelmente na defesa do meio ambiente.

No nosso tempo, assistimos o enfraquecimento da representação política, as instituições republicanas, os partidos, os sindicatos e demais associações de classe. Diante deste quadro, vemos a projeção do conflito entre a cidadania e a supra-estrutura política, sem outros meios de participar senão através da Web.

No Brasil, a insurreição virtual tornar-se-ia forte, física e moralmente, se a informação sobre os relacionamento anti-povo de governantes e empresários fosse divulgada pelos que dominam a nova tecnologia da informática.

É isto que classificaríamos como a vanguarda sócio-política. Colocar o instrumental tecnológico a serviço dos reais interesses da Nação restauraria a esperança na República pondo nos seus lugares os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo para cumpria suas reais finalidades.

Contra esse objetivo de salvação nacional, as forças reacionárias levantam-se contra por hackers sem distinguir, como fazemos o pirata do revolucionário. Pedem legislação dura e punições severas ao que chamam a revelação de conluios ”atentados ao serviço de utilidade pública”.

Com tal acusação, se enforcaria Tiradentes de novo, mas hoje esta coisa é difícil graças a uma arma política cada vez mais democratizada, o computador.

domingo, 3 de julho de 2011

Corte de gastos na CGU prejudica trabalho de combate à corrupção


Sem poder visitar os municípios, auditores dizem que não é possível acompanhar a execução de obras e projetos

Publicado em 04/07/2011
O corte de gastos promovido pela presidente Dilma Rousseff (PT) neste ano está prejudicando o trabalho de fiscalização e combate à corrupção. A denúncia é da Associação Nacional dos Auditores Federais de Controle Interno (Anafic), que representa os profissionais de nível superior da Controladoria-Geral da União (CGU). Dados do próprio governo federal mostram que houve queda de 70% na verba destinada às viagens do pessoal da CGU. Sem poder visitar os municípios, os auditores dizem que não é possível acompanhar a execução de obras e projetos.

De acordo com dados do Portal da Transparência do governo federal, até sexta-feira passada a CGU tinha recebido apenas R$ 859,2 mil para bancar diárias de funcionários, e outros R$ 294,2 mil para custear as passagens. A média mensal destinada a cada atividade foi, portanto, de R$ 143,2 mil e R$ 49 mil, respectivamente. Valores bem inferiores à média registrada no ano passado: R$ 575,1 mil para hospedagem (queda de 75%) e R$ 171,7 mil para as passagens (queda de 71%).

De acordo com o diretor-presidente da Anafic, Márcio de Aguiar Ribeiro, os auditores entendem a necessidade de redução de gastos no governo federal, mas criticam o corte em uma área tão sensível, que é o combate à corrupção. “É um discurso contraditório. O governo quer reduzir os gastos, mas acaba inviabilizando o trabalho de um órgão que faz o controle da despesa pública”, afirmou.

Outro lado
Ações voltam no segundo semestre

A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou, por meio de nota, que algumas ações de fiscalização e combate à corrupção não foram realizadas neste ano. “O que estamos fazendo é adiar algumas ações para o segundo semestre, esperando que a situação melhore”, diz a nota. Segundo a CGU, o órgão está estudando outras formas de fiscalizar a execução de obras que usem dinheiro da União.

Uma das medidas é impedir que as prefeituras façam o saque das verbas do SUS na boca do caixa. O órgão não detalhou a medida, mas informou que já fez a sugestão à presidente Dilma Rousseff para baixar um decreto sobre o assunto.

Na nota, o órgão ressalta que “a redução no orçamento da CGU é a mesma que atingiu todas as áreas de fiscalização do governo”, e que esse corte seria de apenas 25%. A controladoria informa que está concentrando a redução de despesas de custeio. A Presidência da República não quis se manifestar sobre o assunto.

Saiba mais
Confira os valores do contingenciamento de verbas do governo federalVistorias

Um dos principais programas da CGU, o da fiscalização dos municípios, está sendo diretamente afetado, explicou Ribeiro. Pelo menos uma vez por semestre a União promovia um sorteio para definir 60 municípios (entre aqueles com até 500 mil habitantes) que terão seus contratos com o governo federal analisados por auditores. Os profissionais da CGU vão até as cidades, examinam contas e documentos e inspecionam pessoalmente obras e serviços em realização.

Entretanto, o sorteio previsto para ocorrer em 2 de maio não foi realizado e postergado para agosto. O sorteio seguinte está previsto para outubro, mas pode ser alterado. Enquanto isso, os auditores têm concentrado o trabalho em Brasília e proximidades. “O critério de trabalho não é mais dar atenção para aquilo que tem mais relevância, mas sim para o que vai demandar menos recursos”, declarou Ribeiro.

O trabalho promovido pela Corregedoria-Geral da União também está sendo prejudicado, segundo a Anafic. “A investigação de fraudes envolvendo funcionários públicos federais não pode ser feita, pois os auditores não fazem viagens para realizar oitivas e ouvir testemunhas”, relatou.

O orçamento da CGU para este ano é de R$ 681,3 milhões, 2% abaixo do autorizado para 2011 (R$ 696 mil). As despesas totais da União giram em torno de R$ 1,9 trilhão. Em janeiro, o governo federal decidiu cortar R$ 50 bilhões das despesas. Na época, a ministra do Plane­jamento, Miriam Belchior, anunciou que as diárias de funcionários públicos seriam reduzidas. Ela enfatizou que a partir de então seria preciso “fazer mais com menos”.

Anonymous - Passeata 02 de Julho de 2011