quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dilma e Gaddafi entre os mais influentes da revista TIME

Full List

TIME 100
•Wael Ghonim
•Joseph Stiglitz
•Reed Hastings
•Amy Poehler
•Geoffrey Canada
•Mark Zuckerberg
•Peter Vesterbacka
•Angela Merkel
Julian Assange
•Ron Bruder
•Lamido Sanusi
•Colin Firth
•Amy Chua
•Joe Biden
•Jennifer Egan
•Kim Clijsters
•Ahmed Shuja Pasha
•Aung San Suu Kyi
•Cory Booker
•Gabrielle Giffords
•Katsunobu Sakurai
•Michelle Obama
•Paul Ryan
•Ai Weiwei
•Rob Bell
•Fathi Terbil
Dilma Rousseff
•Tom Ford
•Liang Guanglie
•Sue Savage-Rumbaugh
•Takeshi Kanno
•Nicolas Sarkozy
•Michele Bachmann
•Saad Mohseni
•Chris Christie
•Matthew Weiner
•Lisa Jackson
•Jean-Claude Trichet
•Justin Bieber
•Prince William and Kate Middleton
•Joe Scarborough
•Blake Lively
Hillary Clinton
•Muqtada al-Sadr
•Anwar al-Awlaki
•Kim Jong Un
Saif al-Islam Gaddafi
•Hassan Nasrallah
•Nathan Wolfe
•Oprah Winfrey
•Sergio Marchionne
•Mahendra Singh Dhoni
•Felisa Wolfe-Simon
•Esther Duflo
•Rain
•Larry Page
•Mia Wasikowska
•David Cameron
•John Lasseter
•Maria Bashir
•Mukesh Ambani
•Chris Colfer
•Major General Margaret Woodward
•Bruno Mars
•David and Charles Koch
•Hung Huang
•General David Petraeus
•Matt Damon and Gary White
•Cecile Richards
•George R.R. Martin
•Marine Le Pen
•Grant Achatz
•Feisal Abdul Rauf
•El Général
•Jamie Dimon
•Heidi Murkoff
Sting
•Jonathan Franzen
•V.S. Ramachandran
•Michelle Rhee
•Mark Wahlberg
•Rebecca Eaton
•Xi Jinping
•Kathy Giusti
•Arianna Huffington
•Barack Obama
•Lionel Messi

•Azim Premji
•Aruna Roy
•Ray Chambers
•Scott Rudin
•John Boehner
•Derrick Rossi
•Hu Shuli
•Benjamin Netanyahu
•Ayman Mohyeldin
•Charles Chao
•Bineta Diop
•Dharma Master Cheng Yen
•Patti Smith


Read more: http://www.time.com/time/specials/packages/completelist/0,29569,2066367,00.html#ixzz1KANTOtte

1 ano do Real - PROPAGANDA É ALMA DO NEGOCIO

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Veja a lista com os nomes e como votou cada deputado na PEC d... on Twitpic


a

Líder do PT defende plantio de maconha

Alerta nos trilhos! Discurso do Senador Requião.

Requião esclarece razões da rep. contra Paulo Bernardo e relaciona fatos com o trem bala.
.

Venho aqui hoje prestar esclarecimentos a respeito de uma representação que fiz ao Ministério Público Federal sobre declarações do ministro Paulo Bernardo.

Vamos aos fatos.

Em 2007, quando era governador do Paraná, recebi na residência oficial do estado o então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o Sr. Bernardo Figueiredo Gonçalves de Oliveira, à época assessor da Casa Civil da Presidência da República.

Em dado momento, o ministro revelou que o motivo central de sua visita era propor uma Parceria Público Privada, talvez a primeira PPP a ser realizada no país, para a construção de uma variante ferroviária entre os municípios paranaenses de Guarapuava e Ipiranga, o que resolveria o gargalo ferroviário existente entre Guarapuava e o município de Ponta Grossa.
A variante teria uma extensão de 110 quilômetros, integraria as obras do PAC e teria um custo de 540 milhões de reais. E para que a PPP se efetivasse queriam a anuência do governador do Estado.

Na verdade, esclareça-se, não havia razão jurídica ou administrativa para que o governador devesse consentir com a proposta.

No entanto, diante do valor apresentado, manifestei minha discordância, afirmando que a obra poderia ser feita com o custo entre 150 e 220 milhões de reais, preço este divulgado no próprio sítio do Ministério do Planejamento.

Realmente, também a concessionária que seria beneficiada pela PPP, a ALL, América Latina Logística, declarou à Comissão de Valores Mobiliários, em dezembro de 2008, que a construção da variante Ipiranga-Guarapuava custaria 220 milhões de reais.
A par do preço abusivo revelado pelos visitantes, outra particularidade da proposta desagradou-me. Para fazer a obra, a ALL deixaria de pagar ao Tesouro Nacional o arrendamento previsto no contrato de concessão pelo uso da antiga Rede Ferroviária Federal, no valor anual de 52 milhões de reais.

Este valor seria redirecionado pela concessionária para pagar o financiamento da obra, a ser concedido pelo BNDES.

Quer dizer, a concessionária privada usaria recursos públicos -ou seja, os valores devidos pelo arrendamento da malha federal- como se fossem recursos próprios, para amortizar o financiamento público da obra.

Ao dizer um claríssimo não ao negócio para qual o ministro do Planejamento e o assessor da Casa Civil queriam minha concordância, evitei que o BNDES fosse envolvido em uma operação lesiva ao patrimônio público, à economia popular e ao próprio banco.
Em um artigo intitulado “Os Caçadores de Concessões no Brasil e o Fantasma de Percival Farqhuar”, a professora Ceci Juruá, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, descreve a compra, pela ALL, da Brasil Ferrovias e da Novoeste, por três bilhões de reais, sem gerar saídas de caixa, sem desembolsar um centavo, “houve apenas troca de ações e assunção de dívidas”. O que foi feito com a intervenção do BNDES, transformando debêntures em ações, para equilibrar dívidas e o valor acionário das duas ferrovias em disputa.

Ora, se a compra da Brasil Ferrovias e da Novoeste por três bilhões de reais, sob a proteção do BNDES, sem que a ALL pagasse um único centavo, causava indignação na consciência crítica nacional, o que não dizer da proposta que faziam ao governador do Paraná o ministro do Planejamento e o Sr. Bernardo Figueiredo, por sinal ex-sócio da ALL?
A proposta que me faziam significaria, praticamente, dar de presente à ALL uma ferrovia, combinando-se ainda sobre-preço na obra, renúncia do Tesouro ao recebimento de 52 milhões de reais por ano, financiamento do BNDES, e direito à cobrança de pedágio por décadas, para quem usasse a ferrovia, pela futura sociedade a ser criada pela ALL e pela empreiteira que a ela se associaria na construção do trecho.

Pois, como me informavam os visitantes, concluída a obra e colocada em operação a variante ferroviária, esta seria de propriedade de uma Sociedade de Propósito Específico, que seria detentora do direito de exploração e cobraria um valor determinado pelo uso do trecho, o que na prática constituir-se-ia em um “pedágio ferroviário”, que chegou a ser estimado por técnicos do setor em seis dólares a tonelada.
Sobre os riscos que o negócio poderia significar para o erário, acrescento ainda opinião da já citada professora Ceci Juruá, que em uma palestra sobre concessões onerosas, feita em agosto de 2005, dizia: “(...) a ALL é forte candidata a um PPP para a construção da variante Ipiranga-Guarapuava que, no entender de engenheiros e ex-empregados da Rede Ferroviária Federal, não é a melhor alternativa nem para os usuários da ferrovia nem para o Estado do Paraná.

De fato. Implantada a variante ferroviária ela acarretaria aumento de custo para a produção agrícola e agroindustrial do Oeste e Sudoeste do Paraná, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, e do Paraguai. Essas regiões são atendidas pela Ferroeste, estatal ferroviária paranaense, que teria que pagar pedágio pelo uso da variante, para chegar em Ponta Grossa, à região de Curitiba e aos portos de São Francisco e Paranaguá, elevando os seus custos.

Maior o custo de transporte, maior o custo dos produtores agrícolas, menores os seus rendimentos.

Como é de conhecimento de todos, a maior parte dos produtos exportados pelas regiões citadas são commodities agrícolas, quer dizer, produtos com preços fixados internacionalmente em bolsas de mercadorias.

O Porto de Paranaguá, o maior porto graneleiro da América do Sul, para onde toda essa produção é carreada, também teria os seus custos elevados.

Resumindo: diminuição da competitividade da nossa agricultura, freio no desenvolvimento paranaense.

Foi por isso, também, que eu disse não à proposta.

Afinal, construí a Ferroeste, em meu primeiro mandato como governador, entre 1991 e 1994, exatamente para baratear os custos da produção agropecuária paranaense, investimento que poderia ser anulado com o pedágio a ser imposto na variante Ipiranga-Guarapuava.

Lembro ainda que em outubro de 2005, ofício do Governo do Estado alertava o Governo Federal acerca da resistência das entidades de engenharia paranaenses em relação à variante Ipiranga-Guarapuava, considerada por elas técnica e operacionalmente inadequada e socialmente indesejável e que, em prazo médio, produziria “graves problemas logísticos para o Paraná e para o Brasil”.

Destaco o seguinte trecho do ofício: “(...) as entidades da sociedade civil engajadas na solução do problema consideram demasiado elevados os custos da variante atualmente divulgados, quando comparados com números publicados anteriormente”.

Carta com idêntico teor foi enviada ao Ministério dos Transportes.
A minha manifestação fundamentava-se no dever de bem representar a sociedade paranaense que, através suas entidades, em audiência comigo, solicitaram que eu alertasse o Governo Federal sobre os graves defeitos técnicos, econômicos, sociais e éticos -o preço da obra- que o projeto da variante ensejava.

Logo, quando o então ministro do Planejamento e o assessor da Casa Civil procuram-me para propor o negócio, eu sabia muito bem do que se tratava.

Na representação que fiz ao Ministério Público Federal anexei informações biográficas e das atividades, públicas e privadas, do Sr. Bernardo Figueiredo, acompanhante do ministro Paulo Bernardo na referida visita.

Há uma simbiose entre as atividades públicas e privadas do Sr. Figueiredo.
As informações que aqui relato foram colhidas no “curriculum vitae” que o Sr. Figueiredo apresentou a este Senado, em outubro 2008, quando sabatinado para ocupar o cargo de diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Em 1994, ele era chefe de gabinete do presidente da Rede Ferroviária Federal e participou dos estudos preliminares para a privatização da ferrovia.

Em l995, ocupa a presidência da Interférrea S/A Serviços Ferroviários e Intermodais, uma empresa privada responsável por serviços auxiliares do transporte rodoferroviário.

Quer dizer, em um ano, como funcionário público, arquiteta a privatização da Rede Ferroviária Federal; no ano seguinte, torna-se sócio de uma das empresas beneficiadas pela privatização por ele planejada.


Dos principais trabalhos para a Interférrea, destaca-se a sua participação na estruturação das concessionárias Ferrovia Centro Atlântica e da Ferrovia Sul Atlântica, que depois se transforma na ALL, da qual, posteriormente o Sr. Figueiredo vem a ser membro do Conselho Administrativo.

Em, 1966, a Ferrovia Sul Atlântica, depois ALL, com a participação da Interférrea, presidida pelo Sr. Figueiredo, arremata toda a malha ferroviária do sul do país. E, na seqüência, participam da privatização de outros trechos ferroviários.

Entre 1999 e 2003, o Sr. Bernardo Figueiredo ocupa a direção executiva da Associação Nacional dos Transportadores

Ferroviários, entidade integrada exclusivamente por concessionários ferroviários privados e cuja função é defender os interesses destes, junto ao Governo Federal.


Como diretor da ANTF, o Sr. Figueiredo ganhou assento na COFER –Comissão Federal de Ferrovias do Ministério dos Transportes, precursora da Agência Nacional dos Transportes, a ANTT.

Em 2004, mais uma vez, o Sr. Bernardo Figueiredo transita do privado para o público, depois de transitar do público para o privado. Ele assume a Diretoria Administrativa Financeira da VALEC, uma empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pela construção de ferrovias federais.

Na VALEC, o Sr. Figueiredo elabora o Plano de Revitalização das Ferrovias, centrado nas tais Parcerias Público Privadas, as PPPs, onde o governo entra com tudo e o empresário colhe os lucros.

De 2005 a 2007, Bernardo Figueiredo atua como assessor especial da Casa Civil e é nessa condição que o recebo na casa oficial do Governo do Paraná, em 2007, e ouço dele e do ministro Paulo Bernardo a proposta de construção da variante ferroviária Ipiranga-Guarapuava.

Registre-se ainda, para completar a biografia do Sr. Bernardo Figueiredo que, em 2008, ele foi nomeado diretor da Agência Nacional de Transporte Terrestre, a ANTT.

Um dia, presidente da associação que reúne as empresas privadas do setor ferroviário, a ANTF; noutro dia, diretor da agência pública responsável pela fiscalização das empresas privadas, a ANTT.

É, de tão semelhantes as siglas realmente se confundem.

Senhoras e senhores senadores.

O processo para a construção da variante Ipiranga-Guarapuava, depois que eu disse não à proposta do ministro e do assessor, acabou sendo detido.

Levei o caso ao Governo Federal e assim o caso ficou até que, em 2009, o então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse, em entrevista a um jornal paranaense, que eu impedia investimentos privados no Paraná.

Como de fato eu impedia esse tipo de investimento, denunciei a proposta do ministro e do assessor ao Ministério Público Federal.

Essa é a verdade dos fatos.




Senador Roberto Requião. http://www.robertorequiao.com.br
/


Amigo Jesus

quinta-feira, 7 de abril de 2011

PLAUTO E O FIM DAS MARACUTAIAS NA ASSEMBLÉIA

O PRIMEIRO SECRETÁRIO DA ASSEMBLEÍA LEGISLATIVA DO PARANÁ PLAUTO MIRÓ, ESTÁ INTENSIFICANDO O TRABALHO DA PRIMEIRA SECRETARIA DA AL, ACABANDO COM MARACUTAIAS E PRIVILÉGIOS. PLAUTO AO LADO DO ROSSONI NÃO ESTÃO DANDO MOLEZA ! CONFIRA AS NOVIDADES BUSCANDO MORALIZAR A AL NESTA SEMANA - VÍDEO

Atirador diz ser portador do vírus HIV e declara que via "impureza nas crianças"

Confira a íntegra de uma suposta carta deixada pelo atirador da escola de Realengo
O iG teve acesso a um bilhete que foi assinado por Wellington Menezes de Oliveira

O iG teve acesso à suposta carta deixada por Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, que invadiu na manhã desta quinta-feira (7) a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e atirou nos alunos, matando dez meninas e um menino. Outros 13 estudantes ficaram feridos.

Na carta, Wellington diz ter deixado uma casa no bairro de Sepetiba, na zona oeste carioca, e que gostaria que o espaço fosse usado por instituições que protegem os animais.

Confira a íntegra da carta.

"Eterna, eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço aonde eu passei meus últimos meses seja doado a uma destas instituições pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais do que proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se sustentar, os animais não podem pedir comida ou trabalharem para se alimentarem, por isso, os esqueci (sic) apropriarem da minha casa, peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, pois cumprindo o meu pedido automaticamente os terão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar este imóvel para o meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem o meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não têm nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi"

O bilhete é assinado pelo próprio Wellington no final e, segundo a polícia, a carta foi achada na mesa de uma professora.

Mais cedo, a polícia informou que uma carta deixada por Wellington apontava indicíos de que o crime foi premeditado. Apesar das pistas indicadas no bilhete, a chefe da Polícia Civil do Rio, Marta Rocha, insistiu que é cedo interpretações. "A carta e outros elementos ainda estão sendo investigados. Ainda é cedo para tirar qualquer tipo de conclusão", afirmou.

Na ocasião, o tenente-coronel da PM, Ibis Pereira, relatou que o documento está confuso e desconexo. "Ele deixou uma carta assinada como Wellington Menezes de Oliveira, sem nenhum sentido, que mostra que entrou determinado a fazer um massacre, uma chacina", afirmou Pereira, em entrevista à rádio Estadão ESPN. Em um dos trechos do documento, com forte teor de fanatismo religioso, o atirador diz ser portador do vírus HIV e declara que via "impureza nas crianças", segundo o porta-voz da PM.

Baseado no conteúdo da carta, o porta-voz da PM disse avaliar que o suspeito deveria ter um desvio de personalidade. "Ele era um fanático religioso, um quadro de demência religiosa. Ele via nas crianças algo impuro. Só um desvio de personalidade explica um comportamento sociopata dessa natureza. Um ato de estupidez", afirmou Pereira.

Com informações da Agência Estado


O tenente-coronel da PM, Ibis Pereira, relatou que o documento está confuso e desconexo. "Ele deixou uma carta assinada como Wellington Menezes de Oliveira, sem nenhum sentido, que mostra que entrou determinado a fazer um massacre, uma chacina", afirmou Pereira, em entrevista à rádio Estadão ESPN. Em um dos trechos do documento, com forte teor de fanatismo religioso, o atirador diz ser portador do vírus HIV e declara que via "impureza nas crianças", segundo o porta-voz da PM.

Baseado no conteúdo da carta, o porta-voz da PM disse avaliar que o suspeito deveria ter um desvio de personalidade. "Ele era um fanático religioso, um quadro de demência religiosa. Ele via nas crianças algo impuro. Só um desvio de personalidade explica um comportamento sociopata dessa natureza. Um ato de estupidez", afirmou Pereira

sábado, 2 de abril de 2011

A anatomia do valerioduto - #MENSALAO E O #CAIXA2 DO PT

ÉPOCA obteve o relatório final da Polícia Federal sobre o caso do mensalão. Ele revela que o dinheiro usado por Marcos Valério veio dos cofres públicos e traz novas provas e acusações contra dezenas de políticos


Diego Escosteguy. Com Mariana Sanches, Murilo Ramos, Humberto Maia Junior, Danilo Thomaz, Marcelo Rocha, Andrei Meireles e Leonel Rocha









Ilustração sobre foto de Celso Junior/AE
O OPERADOR
Marcos Valério, o artífice do mensalão, em 2007. Mais de cinco anos depois, a polícia concluiu a investigação sobre o maior escândalo de corrupção do governo Lula
reprodução/Revista Época

Era uma vez, numa terra não tão distante, um governo que resolveu botar o Congresso no bolso. Para levar a cabo a operação, recorreu à varinha de condão de um lobista muito especial, que detinha os contatos, os meios e o capital inicial para fazer o serviço. Em contrapartida, o lobista ganharia contratos nesse mesmo governo, de modo a cobrir as despesas necessárias à compra. Ganharia também acesso irrestrito aos poderosos gabinetes de seu cliente, de maneira a abrir novas perspectivas de negócios. Fechou-se o acordo – e assim se fez: o lobista distribuiu ao menos R$ 55 milhões a dezenas de parlamentares da base aliada do governo. O governo reinou feliz para sempre.

Mas somente por dois anos. Há seis anos, em junho de 2005, pela voz do vilão e ex-deputado Roberto Jefferson, a fantástica história do maior escândalo de corrupção já descoberto no país, conhecido como mensalão, veio a público. O governo quase ruiu. Seu líder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que “devia desculpas” ao país. Os dirigentes do PT, o partido responsável pelo negócio com o lobista, caíram um após o outro, abalroados pelas evidências de que, não, aquela não era uma história de ficção: era tudo verdade.

Sobrevieram as investigações de uma CPI (a última que chegou a funcionar efetivamente no país) e a enfática denúncia do procurador-geral da República, que qualificou o grupo como uma “organização criminosa”, liderada pelo primeiro-ministro informal desse governo, o petista José Dirceu. A realidade dos fatos abateu-se sobre as lideranças do partido. Tarso Genro, um deles, falou em refundar o partido. Lula pediu desculpas mais uma vez. O então deputado José Eduardo Cardozo reconheceu que houve mensalão, e que era preciso admitir os fatos.

Parecia que haveria um saudável processo de depuração ética em Brasília. Parecia. Os anos passaram, e a memória dos fatos esvaiu-se lentamente, carregada pelo esforço dos mesmos líderes petistas de reconfigurar o que acontecera através das lentes da má ficção. Dirceu começou a declarar que não houve compra de votos. Petistas disseram que o esquema não fazia sentido, uma vez que, como eram governistas, não precisariam receber dinheiro para votar com o governo – esquecendo que o valerioduto também contemplava o pagamento de campanhas políticas com dinheiro sujo. Delúbio Soares, o tesoureiro que coordenou os pagamentos, disse que tudo se tornaria piada de salão. Agora, obteve apoio para voltar ao partido, de onde fora expulso quando era conveniente a seus colegas. Por fim, quando estava prestes a terminar seu mandato, Lula avisou aos petistas: “O mensalão foi uma farsa. Vamos provar isso”.

   Reprodução

São as voltas que o planeta político dá. Em Brasília, como se percebe, ele gira com especial rapidez. José Eduardo Cardozo agora é ministro da Justiça. Foi sob o comando dele que a Polícia Federal produziu sigilosamente um documento devastador, cujas 332 páginas resultam demolidoras para muitos dos próceres da República. Trata-se do relatório final da Polícia Federal sobre o caso do mensalão, que encerra oficialmente os seis anos de extensas investigações conduzidas por delegados, agentes e peritos especializados no combate ao crime organizado. A peça já está sobre a mesa do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e deverá seguir em breve para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa, o relator do caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Liderada pelo policial Luís Flávio Zampronha, delegado que coordena o caso desde o início e integra a divisão de Repressão a Crimes Financeiros, a PF vasculhou centenas de contas bancárias, esmiuçou dezenas de documentos internos das empresas envolvidas no esquema e ouviu cerca de 100 testemunhas. Produziu-se esse minucioso trabalho por determinação do ministro Joaquim Barbosa. O objetivo era produzir provas acerca dos pontos que não haviam sido contemplados nas investigações da CPI dos Correios e da Procuradoria-Geral da República. As dúvidas dividiam-se em três perguntas elementares:

1. O mensalão foi financiado com dinheiro público?

2. Houve mais beneficiários do valerioduto?

3. Qual era o limite da influência de Marcos Valério no governo petista?

A investigação da PF dissolve essas incertezas – e faz isso com muitas, muitas provas. A resposta às duas primeiras perguntas é sim, sem dúvida. A resposta à terceira? Nenhum. Não há mais argumentos falaciosos, teses descabidas ou teorias conspiratórias que permitam ignorar os fatos colhidos pela PF. Derrubam-se, assim, os mitos que setores do PT, sobretudo sob a liderança moral e simbólica do presidente Lula, tentaram impor à opinião pública. O mensalão não foi uma farsa. Não foi uma ficção. Não foi “algo feito sistematicamente no Brasil”, como chegou a dizer o ex-presidente. O mensalão, como já demonstravam as investigações da CPI dos Correios e do Ministério Público e agora se confirma cabalmente com o relatório da PF, consiste no mais amplo (cinco partidos, dezenas de parlamentares), mais complexo (centenas de contas bancárias, uso de doleiros, laranjas) e mais grave (compra maciça de apoio político no Congresso) esquema de corrupção já descoberto no país. O significado político e, sobretudo, simbólico do fim desse debate é enorme – e pode alterar os rumos do processo do mensalão no STF, que até o momento tendia para uma vagarosa morte jurídica.

Ao responder ao que lhe foi pedido, a PF avança ainda mais. Eis as principais descobertas expostas no relatório:

  • Chegou-se, finalmente, ao elo mais grave do esquema do valerioduto: a conexão com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O segurança Freud Godoy, que trabalha com o petista desde a campanha de 1989 e desfruta a intimidade da família de Lula, confessou à PF que recebeu R$ 98 mil de Marcos Valério. Disse que se tratava de pagamento dos serviços de segurança prestados a Lula na campanha de 2002 e durante a transição para a Presidência;
  • Os peritos da PF rastrearam o envolvimento de mais grão-políticos no esquema. Direta ou indiretamente, seja por meio de assessores ou de familiares, em campanhas políticas ou no exercício do mandato, receberam dinheiro do valerioduto políticos poderosos, como o minis-tro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do PT, e o eterno líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá, do PMDB. Descobriu-se também, ou se conseguiu confirmar, a participação de mais sete deputados federais, dois ex-senadores e um ex-ministro (leia a nova lista do esquema abaixo);
    reprodução/Revista Época
    Fotos: arquivo JCD, AE (3), CB/D.A Press (2), Folhapress (2), reprodução (2), Ag. Senado (2), PR, Ag. Camara (6),  e arq.  Ed. Globo (3)Fotos: arquivo JCD, AE (3), CB/D.A Press (2), Folhapress (2), reprodução (2), Ag. Senado (2), PR, Ag. Camara (6),  e arq.  Ed. Globo (3)Fotos: arquivo JCD, AE (3), CB/D.A Press (2), Folhapress (2), reprodução (2), Ag. Senado (2), PR, Ag. Camara (6),  e arq.  Ed. Globo (3)Fotos: arquivo JCD, AE (3), CB/D.A Press (2), Folhapress (2), reprodução (2), Ag. Senado (2), PR, Ag. Camara (6),  e arq.  Ed. Globo (3)Fotos: arquivo JCD, AE (3), CB/D.A Press (2), Folhapress (2), reprodução (2), Ag. Senado (2), PR, Ag. Camara (6),  e arq.  Ed. Globo (3)

  • O banqueiro Daniel Dantas, que participava de uma das mais renhidas e bilionárias disputas societárias do Brasil – e que, para resolver seus problemas, precisava desesperadamente de aliados no Palácio do Planalto –, tentou mesmo garantir o apoio do governo petista por intermédio de dinheiro enviado às empresas de Marcos Valério. Depois de se reunir com Dirceu, então ministro da Casa Civil, Dantas recebeu de Delúbio um pedido especial de ajuda financeira: US$ 50 milhões. Segundo a PF, a propina foi aceita. Pouco antes de o mensalão vir a público, uma das empresas controladas pelo banqueiro fechou contratos fajutos com Valério – apenas para que houvesse um modo legal de depositar o dinheiro. Houve tempo suficiente para que R$ 3,6 milhões fossem repassados ao publicitário. Encaminhou-se esse total a doleiros, mas a PF ainda não descobriu os reais beneficiários do dinheiro;
  • São comprovadamente fajutos os empréstimos que, segundo a defesa de Marcos Valério, explicariam a origem do dinheiro do mensalão. Esses papéis serviram somente para dar cobertura jurídica a uma intrincada operação de lavagem de dinheiro. Apurou-se que houve duas fontes de recursos para bancar o mensalão e as demais atividades criminosas de Marcos Valério. Uma, a principal, qualificada pela PF de “fonte primária”, consistia em dinheiro público, proveniente dos contratos do publicitário com ministérios e estatais. O principal canal de desvio estava no Banco do Brasil, num fundo de publicidade chamado Visanet, destinado a ações de marketing do cartão da bandeira Visa. As agências de Marcos Valério produziam algumas ações publicitárias, mas a vasta maioria dos valores repassados pelo governo servira tão somente para abastecer o mensalão. A segunda fonte de financiamento, chamada de “secundária”, estipulava que Marcos Valério seria ressarcido pelos pagamentos aos políticos por meio de contratos de lobby com empresas dispostas a se aproximar da Presidência da República. Foi o caso do Banco Rural, que tentava obter favores do Banco Central e do banqueiro Daniel Dantas, que precisava do apoio dos fundos de pensão das estatais.

Das dezenas de novos beneficiários identificados, o mais representativo é Freud Godoy. O segurança pessoal de Lula ficou conhecido na campanha de 2006, quando recebeu de Lula a alcunha de Aloprado, em razão de seu envolvimento com a turma que foi presa num hotel de São Paulo, tentando comprar um dossiê contra o tucano José Serra. (Às vésperas daquelas eleições, a PF divulgou uma foto exibindo seis vistosos pacotes de dinheiro em cima de uma mesa. Nunca se descobriu a origem do dinheiro.) Freud não é apenas segurança de Lula. É amigo do ex-presidente, relação que nasceu nos anos 80 e sobrevive até hoje. Até o episódio dos aloprados, onde quer que Lula estivesse, lá estava Freud. Não era uma sombra barata. Em 1998, Freud profissionalizou seus serviços e criou uma empresa. No escândalo dos aloprados, descobriu-se que essa empresa, a Caso Comércio, recebeu R$ 98 mil da SMP&B, uma das agências de Marcos Valério. O pagamento dera-se em 21 de janeiro de 2003. Diante dos milhares de operações bancárias nas contas do publicitário, poderia haver uma explicação plausível e legal para a transação. Algum serviço poderia ter sido prestado normalmente. Quando essa informação veio a público, porém, Freud e Marcos Valério silenciaram sobre o motivo do pagamento. Restou a suspeita de que haveria alguma ilegalidade.

Os delegados da PF foram atrás de Freud – e ele narrou, em depoimento, que o dinheiro serviu para cobrir parte dos R$ 115 mil que lhe eram devidos pelo PT, em razão dos serviços prestados durante a campanha presidencial de 2002. Segundo Freud, tratava-se de despesas de “segurança, alimentação, transporte e hospedagem de equipes de apoio”. O segurança contou que, após a campanha, foi ao comitê eleitoral do PT cobrar a dívida. Os responsáveis pelo comitê, cujos nomes Freud não revela, deram-lhe o número de telefone de uma empresa que resolveria a pendência. Ele ligou e descobriu que se tratava da SMP&B. “Jamais mantive contato com Marcos Valério”, disse Freud à PF. Os funcionários de Marcos Valério pediram que ele lhes fornecesse uma nota fiscal. Ato contínuo, Freud recebeu o cheque de R$ 98 mil pelos Correios. O segurança afirmou que não havia contrato entre sua empresa e o PT, nem qualquer registro contábil das despesas. Em suma: um amigo de Lula, que sempre prestou serviços a ele, recebeu dinheiro ilegal para pagar suas despesas trabalhando para o ex-presidente. É a primeira vez em que se descobre uma ligação direta entre o esquema de Marcos Valério e alguém da intimidade de Lula.

Beto Barata
LADO A LADO
O ex-presidente Lula caminha na Granja do Torto na companhia de seu segurança Freud Godoy, em dezembro de 2002, na transição de governo. Freud era, na ocasião, remunerado por Marcos Valério

Marcos Valério detinha uma capacidade espantosa de unir amigos e dinheiro. Sabia como conquistar os poderosos – ou conquistar amigos dos poderosos. Deu dinheiro ao amigo de Lula, o ex-presidente, e também a um grande amigo da atual presidente, Dilma Rousseff. Fernando Pimentel conhece Dilma desde os tempos de luta armada contra o regime militar. Mineiros, ambos militaram juntos, dividindo aparelhos e ideais. A presidente confia a tal ponto em Pimentel que delegou a ele parte da coordenação política de sua campanha presidencial. Não se arrependeu. Hoje, como ministro do Desenvolvimento e confidente de Dilma, Pimentel ocupa espaço no primeiro time da Esplanada. Quando eclodiu o mensalão, surgiram suspeitas de que Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro de sua campanha vitoriosa à prefeitura de Belo Horizonte, em 2004, recebera dinheiro do valerioduto. Naquele momento, quando as denúncias se sucediam em turbilhão, a suspeita diluiu-se em meio a tantas outras.

A metamorfose ambulante
Ao longo de seu governo, o ex-presidente Lula mudou sua retórica sobre o escândalo. Passou da indignação à negação

"Não interessa se foi A, B ou C, todo o episódio foi como uma facada nas minhas costas" - Lula, em dezembro de 2005, sobre o episódio do escândalo do mensalão

"Mensalão é uma farsa" - Lula, em conversa com José Dirceu durante o café da manhã no Palácio da Alvorada em 18 de novembro de 2010. Na ocasião, o ex-presidente avisou que quando deixasse o governo iria trabalhar para desmontar o mensalão

A PF, contudo, perseguiu a pista. Rastreando as contas do valerioduto, os investigadores comprovaram que o assessor de Pimentel recebeu um cheque de R$ 247 mil de uma das contas da SMP&B no Banco Rural. Quando? Em 12 de agosto de 2004, período em que a campanha de Pimentel começava a engrenar. Ouvido pelos delegados, Rodrigo Barroso se recusou a dar explicações. Preferiu o silêncio. Diante disso, a PF recomendou ao procurador-geral da República que processe o assessor, ao menos, por lavagem de dinheiro. Segundo a PF, as evidências sugerem fortemente que a campanha do ministro Pimentel tenha sido financiada com dinheiro do valerioduto. Pimentel afirmou que não comentaria o caso sem antes ler o relatório.

   Reprodução
   Reprodução

Dinheiro para pagar campanha era artigo abundante no valerioduto. Nas eleições de 2004, além de Pimentel, Marcos Valério, naturalmente por ordens do comando do PT, repassou recursos a duas outras candidaturas do partido em São Paulo: a de Emídio de Souza à prefeitura de Osasco (R$ 189 mil) e a do hoje deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à prefeitura de São Bernardo do Campo (R$ 17 mil). Entre os novos beneficiários do PT, a PF descobriu uma militante que trabalhou para Ivan Guimarães, então presidente do Banco Popular, que pertence ao Banco do Brasil. A funcionária, Renata Maciel, sacou R$ 150 mil na agência do Rural, em plena Avenida Paulista. A operação aconteceu em novembro de 2004, logo após o período eleitoral. Em seguida, ela passou a trabalhar numa joalheria que pertencia a Ivan Guimarães. Há muito mais operações de caixa dois em eleições, como no PT de Alagoas. Mais incomuns são casos como os do ex-ministro Pimenta da Veiga e do deputado José Mentor, que receberam uma dinheirama do valerioduto, disseram que prestaram serviços a ele como advogados – mas não convenceram a PF (leia os quadros anteriores).

O segredo para os investigadores desvendarem as engrenagens de lavagem de dinheiro armadas pela quadrilha de Marcos Valério está nas contas do publicitário que recebiam recursos do fundo Visanet, em tese destinado ao marketing de cartões da bandeira Visa. Somente no governo Lula, o fundo repassou R$ 68 milhões às agências de Marcos Valério. Ao analisar os milhares de transações bancárias do esquema, os peritos perceberam que a saída de dinheiro para os políticos coincidia com a entrada de recursos desse fundo, liberados pelo Banco do Brasil. A partir dessa descoberta, foi possível rastrear o caminho do dinheiro: ele saía de duas contas de Marcos Valério no Banco do Brasil, transitava pelo Banco Rural e, em seguida, era repassado aos beneficiários reais (leia o quadro "Os novos beneficiários"). Essa mesma linha de investigação possibilitou a descoberta de recursos desviados a parentes de políticos, como o irmão do senador Romero Jucá e o genro do ex-senador Marco Maciel, do DEM.

Anderson Schneider
O JUIZ DO CASO
O ministro Joaquim Barbosa, em seu gabinete no Supremo. Ele recebeu o resultado das investigações da PF e é o relator do processo do mensalão

O relatório da PF demonstra que, dos cerca de R$ 350 milhões recebidos pelas empresas de Valério do governo Lula, os recursos que mais se destinaram aos pagamentos políticos tinham como origem o fundo Visanet. Pela falta absoluta de controles internos no banco, esse fundo permitia desvios com mais facilidade. Para completar, o banco costumava adiantar os recursos antes que quaisquer serviços fossem prestados. Diz o relatório: “O adiantamento de recursos vinculados ao Visanet configurava, assim, uma das principais fontes de recursos do esquema montado por Marcos Valério para o financiamento político e consequente montagem de redes de influência, vez que o desvio desta verba era facilitada pela total inexistência de qualquer contrato formal para sua execução, bem como pela ausência de formalização de instrumento, ajuste ou equivalente para disciplinar as destinações dadas aos adiantamentos oferecidos às agências de publicidade”.

A pedido do ministro Joaquim Barbosa, a PF desvendou um dos mistérios mais estranhos do governo Lula: a relação do banqueiro Daniel Dantas com o PT. Antes de chegar ao poder, os líderes do partido sempre combateram a gestão de Dantas à frente do grupo que coordenava os investimentos dos principais fundos de pensão do país. Quando Lula assumiu, Dantas estava envolvido numa briga aberta para manter o controle desses investimentos, sobretudo da Brasil Telecom, um gigante do mercado de telefonia. O PT passou, então, a emitir sinais conflitantes sobre que lado assumiria nessa disputa. Alguns integrantes do governo articulavam para derrubá-lo, enquanto outros hesitavam em tomar lado. Em depoimento à PF, Dantas disse que, em meio a esse cenário ambíguo, foi convocado pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, para uma reunião no Palácio do Planalto.

O relatório final da PF foi entregue ao Supremo
Tribunal Federal no final de fevereiro

Segundo Dantas, o encontro deu-se no dia 4 de maio de 2003. Na reunião, Dirceu teria dado sinal de uma oportunidade de conciliação com Dantas e encarregado o então presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, de manter diálogo com o banqueiro. Onze dias depois, Carlos Rodemburg, sócio de Dantas, encontrou-se com Marcos Valério e Delúbio Soares no hotel Blue Tree, em Brasília, na suíte do tesoureiro do PT. De acordo com o depoimento do sócio de Dantas, Delúbio disse que o partido estava com um “deficit” de US$ 50 milhões – e pediu dinheiro. Não foi dito abertamente, mas o subtexto era evidente: se Dantas pagasse, teria ajuda do governo para se manter à frente de seus negócios.

À PF, Dantas disse que se negou a pagar. Procurado por ÉPOCA, Dantas confirmou, por meio de sua assessoria, o que afirmara em seu depoimento – inclusive o pedido de “ajuda” de Delúbio. E deu suas razões para não ter aceitado a oferta: “O Opportunity (banco comandado por Dantas) era gestor do fundo de investimentos que abrigava recursos do Citigroup. O banco americano foi consultado. A decisão do Citigroup foi informar que não tinha como ajudar”. Também afirmou que, depois de Rodemburg informar Delúbio da negativa, passou a ser perseguido pelo governo.

Dois anos depois, não se sabe por que, a Brasil Telecom, empresa ainda controlada por uma subordinada de Dantas, celebrou dois contratos com a agência DNA, de Marcos Valério, cada um deles no valor de R$ 25 milhões. Os depoimentos dos funcionários da Brasil Telecom à PF revelam que os contratos foram fechados em poucos dias, sem que ninguém da área de marketing soubesse dos motivos das pressa, nem sequer que serviços seriam prestados. Semanas depois, sobreveio o escândalo do mensalão. Apenas R$ 3,6 milhões foram efetivamente repassados às contas de Marcos Valério. Ao rastrear o dinheiro, a PF verificou que os recursos chegaram a doleiros paulistas – e ainda não descobriu a identidade dos beneficiários finais. Para os investigadores, os destinatários foram indicados pela turma do PT e do publicitário Marcos Valério. Na resposta que enviou por meio de sua assessoria, Dantas omitiu a existência desses contratos. Afirma o relatório: “Os contratos (...) foram celebrados apenas com o objetivo de conferir a fachada de legalidade necessária para a distribuição de recursos, na forma de doações clandestinas ou mesmo suborno, negociados ao longo de dois anos entre os representantes dos grupo Opportunity e do Partido dos Trabalhadores, sempre com a indelével intermediação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza”.

As provas reunidas pela PF constituem a última esperança do ministro Joaquim Barbosa e da Procuradoria-Geral para que o Supremo condene os réus do mensalão. Nos últimos anos, as opiniões dos ministros do STF sobre o processo modularam-se ao ambiente político – que, sob a liderança simbólica e moral do ex-presidente Lula, fizeram o caso entrar num período de hibernação. Alguns ministros, que em 2007 votaram por acatar a denúncia do Ministério Público, agora comentam reservadamente que as condenações dependem de “mais provas”. Hoje, portanto, o Supremo se dividiu. Não se sabe o desfecho do processo. Sabe-se apenas que, quanto mais tempo transcorrer, maior a chance de absolvição dos mensaleiros. Se isso acontecer, a previsão feita por Delúbio Soares, num passado não tão remoto, num país não tão distante, vai se materializar: o mensalão virará piada de salão. Será o retorno da ficção: era uma vez um país sério.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI223073-15223,00-A+ANATOMIA+DO+VALERIODUTO.html

DESCASO DO GOVERNO REQUIAO DEIXA 2 MIL CRIANÇAS SEM AULA

Não gostaria de ter que noticiar e citar o nome das empresas, porém citarei nominalmente ( EMPO, KURTEN, SOLOTECNICA, CIS GEOTENICA, PAVISERVICE, PELEGRINI ), devido a irresponsabilidade das empresas de terem recebedo dinheiro público para efetuar os serviços e pela imagem abaixo, mostraram-se incompetentes, tanto quem efetuou os levatamentos, os que executaram as obras e do irresponsável que fiscalizou tais serviços. Pricipalmente aquele que foi taxado como o melhor "Secretário da Educação do Sul do Mundo" o irmão do Governador Roberto Requiao, o senhor MAURICIO REQUIAO DE MELLO E SILVA, passaram-se 8 anos e o resultado da incompetência demonstra-se exposta nas imagens.


Claro que não poderiamos deixar de citar o TISSOT , pois foi o Secretário de Obras, e gastou milhões na avenida que liga Curitiba a Almirante Tamandaré, a cratera demonstra a incompetência do secretario.

Não podemos deixar de citar a responsabilidade, melhor a irresponsabilidade da SANEPAR, MINISTERIO PUBLICO FEDERAL E POLICIA FEDERAL, na extração de agua do aquifero, do qual já se demonstra, mais que provado que existe relação.

Resultado desta vergonha, resultou que aproximadamente dois mil alunos ficarão sem aulas no município
Desde do dia 31/03 aproximadamente dois mil alunos ficaram sem aula em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. O motivo é a interdição feita pela Secretaria Estadual de Educação (Seed) nos Colégios Estaduais Ambrósio Bini e Jaci Real Prado de Oliveira.

Em nota oficial, a Seed afirma que a medida foi tomada com base num laudo feito por geólogos do Departamento de Geologia da da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O estudo indica que “o local está impróprio para abrigar construções civis”. Uma cratera que se abriu em 2010 no asfalto que fica em frente ao Colégio Jaci Real Prado de Oliveira – situado no mesmo terreno que o Ambrósio Bini - vem provocando rachaduras nos prédios dos estabelecimentos e é apontada como a principal causa da interdição.

A decisão pegou de surpresa pais e professores do Colégio Ambrósio Bini. Essa já é a segunda interdição em menos de oito anos. “Se em oito anos não fizeram nada, em 15 dias de interdição vão fazer o quê?”, questiona a secretária do Colégio Angela Ferreira da Silva.

Já o senhor Pedro Donizeti, 52 anos, pai de um aluno que cursa o oitavo ano queixa da interdição. “Meu filho pode ser prejudicado pela situação do Colégio”, reclama. Segundo ele, a interdição deixará os alunos ociosos, “tem muita gente que ficará na rua no período em que deveriam estudar”, preocupa-se.



http://fodel.blogspot.com/2010/04/funcionario-da-empo-pendurado-na-concha.html




Omissão total das normas de segurança do trabalho, imagens de trabalhador da EMPO PENDURADO NUMA CONCHA DO TRATOR ERGUENTO REDE ELETRICA - Imagens registradas na data de 16-04-2010 as 08:38 hrs na Avenida Garibaldi, Município de Almirante Tamandaré, proximidades do Parque Anibal Khoury. Obra de responsabilidade do GOVERNO PARANA / PRE. DE ALM. TAMANDARE / EMPO - Empresa Curitibana de Saneamento e Construção Civil .








































http://fodel.blogspot.com/2010/03/r-500-mil-e-escola-sem-banheiros.html
Estudantes, pais de alunos e professores, ( só faltou a UNE-PR, UPES-PR) protestam pela situação precária do Colégio Estadual Ambrósio Bini Almirante Tamandaré-PR, após interdito devido a extração do aquifero pela SANEPAR, resultou em mudança da escola para pátio de outra escola.
FOTOS: ARY ( livre para colagem e divulgação )











Conforme informações tomadas com o Ex-Vice-Diretor do Colégio Jaci Leal Prado PLINIO GAFFO, MANHA E TARDE 41-3657-1333 , as condições foi proposta somente para 1 (um) ano, o qual seria para a construção de uma nova escola. Ante que a extração ilegal da Sanepar teria danificado a estrutura da escola antiga.
Hoje o Colégio Estadual Ambrósio Bini, se encontra em uma construção provisória de materia o qual se tornou definitiva pois está a 07 (sete) anos, esta anexo a Escola Est. Jaci Leal Prado de Oliveira. Sendo que as duas escolas juntas dividem o mesmo banheiro em torno de pouco mais de 3.000 alunos ( 1.600 no Jaci e 1400 no Ambrósio), dividindo 2 banheiro de 5m2, estes ainda em condições precárias.
A SEED alega que não tem terreno para construir porém em 2007, doou terreno de mais de R$ 800 mil para a COHAPAR com este intuito e mais casas populares.
O Histórico do mau uso do dinheiro público:
Em 19/03/2003 - R$ 269.890,02 - para construção da Escola de Madeira
Em 20/06/2005 - R$ 13.317,95 - para serviços de Sondagem 2005
Em 05/06/2006 - R$ 4.668,00 e mais ad
itivos - para serviços de Sondagem 2006 mesmo local
Em 23/11/2007 - R$ 46.900,00 - para serviços de Reparos
Em 02/03/2009 - R$ 97.727,92 e mais aditivos - para serviços de Reparos

Salas de aula com 2 metros de altura, na medida média de 20 m2, porém com 30 alunos, mais de 1 aluno por m2. Em condições sub-humanas. Somente uma com a "TV LARANJA"
Encontram-se com 01 (um) freezer queimado à 2 anos, "isto mesmo 02 (dois) anos", este freezer adquirido no ano de 1999, quanto ficam sem freezers apodrecem no Parque Newton Freire.


Devido que quando do interdito o Colégio Estadual e o local estar saindo alunos pelo ladrão, o Colégio se vê na obrigação, de recusa de mais alunos por falta de condições. Sendo que alguns. Tiveram que se transferir para 7 (sete) KM de suas residências. Citando que boa parte foi absorvido pelo Colégio Estadual Angelo Gusso em Curitiba.

Tal situação foi negligênciada durante 4 anos pelo então Secretário de Educação Mauricio Requião irmão do Governador Roberto Requião, pois somente em 2007, foi analisar e engavetar o problema.
http://www.alep.pr.gov.br/noticia/strapasson-e-mauricio-requiao-visitam-escola-em-tamandare
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca, esteve DIA 08/03/2007 visitando a área e ressalta a importância desta ação: “Essas famílias, além de estarem ocupando uma área de preservação ambiental, vivem em situação bastante precária.”
O local onde as famílias vão morar é uma área vizinha ao parque. “A idéia não é retirar as pessoas de onde já moram e estão acostumadas, mas dar condições de uma vida digna, com moradias adequadas e seguras”, garantiu o presidente da Cohapar. A área, que pertencia ao Estado, foi doada à Cohapar para a implantação do empreendimento Jardim São Lucas, dentro do programa Casa da Família.

O local será dotado de toda infra-estrutura e fica próximo de mercado, farmácia, terminal de ônibus e colégio. As casas terão 40 metros quadrados, todas em alvenaria, telhas de cerâmica, dois quartos, sala, cozinha e banheiro.
http://www.cohapar.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=423

Conforme denúncias já antigas, tal interdito e perda de dinheiro público, se deu pera exploração ilegal da SANEPAR. No mínimo caberia a reconstrução da Escola em terreno que não tenha sido, danificado pela ação de exploração ilegal da Sanepar.

Policia Federal e MPF apuram irregularidades na exploração de aqüífero.
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1002310/recursos-hidricos-pf-apura-irregularidades-na-exploracao-de-aquifero-recursos-hidricos-populacao-reclama-de-danos-e-de-contaminacao




Fica ainda a pergunta por que foi esquecido a antiga costrução do Colégio, o qual se perde ao tempo.










Documentos e mais algumas fotos recentes, o qual demonstram desvios e as condições precárias e o pouco caso com Colégio:
.

O que aconteceu com estes contratos?

Contrato de quase R$ 270 mil, para construir escola de madeira e sem banheiro, quem assinou o contrato foi Mauricio Requião o irmão do Governador.



Contrato de sondagem efetuado em 20/06/2005 R$ 13,3 mil o qual verificava a viabilidade de construção no terreno


Outro Contrato de Sondagem Geológica, de R$ 4,6 mil, em 05/05/2006, por que outra sondagagem da mesma área?


Contrato de Reforma de uma coisa Provisória, de R$ 46,9 mil em 26/11/2007

Contrato de reforma de uma coisa provisória R$ 97,7 mil. Em 02/03/2009

Segue abaixo as reportagens da RPC sobre o caso,
Sanepar é multada por explorar água em Almirante Tamandaré




Escola em Almirante Tamandaré afundou literalmente




Situação Precária do CE Ambrósio Bini / Almirante Tamandaré-PR





ENQUATO ESCOLAS JACI E AMBRÓSIO ESTÃO SEM FREEZER, APODRECEM NO PARQUE NEWTON FREIRE