segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Após pesquisa, campanha tucana mostra otimismo

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1110201018.htm
Pela primeira vez na eleição, clima entre aliados de José Serra é de virada; reunião hoje, em São Paulo, definirá nova estratégia

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Apesar dos sete pontos de desvantagem registrados no último Datafolha, o comando da campanha de José Serra à Presidência exibe, pela primeira vez desde o início da corrida presidencial, esperança de vitória.
Tucanos, que até o mês passado admitiam risco de derrota em primeiro turno, agora passam a falar na chance de virada.
"A imagem da Dilma está arranhada, uma candidata na defensiva. A tendência de crescimento é nossa", diz o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
"Não sejamos otimistas. A eleição continua difícil", pondera ele, porém.
Segundo tucanos, o próprio Serra - que se mostrava apreensivo quanto ao segundo turno - mostra otimismo em conversas com aliados.
"Há um ambiente de crença na virada. Precisamos transformar isso em mobilização", afirmou o deputado Jutahy Magalhães (BA), um dos articuladores de Serra.
Entre tucanos e democratas, a avaliação é de que o segundo turno depende muito mais do candidato do que da qualidade da campanha. E que, abalada com o resultado do primeiro turno, Dilma Rousseff (PT) vai fraquejar.
A estratégia do PSDB continuará a ser investir nos Estados onde a sigla crê em maior potencial de crescimento: Paraná, São Paulo e Minas. Serra se dedicará ainda à reconquista de eleitores no Rio Grande do Sul.
Como tucanos não acham recomendável consumir energia demais contra a popularidade de Lula no Nordeste, a expectativa é ampliar um pouco a presença do candidato na região a partir de um movimento que parta do Sudeste e Centro-Oeste.
Segundo Guerra, a postura de Dilma ao falar sobre o aborto abalou sua credibilidade no Nordeste.
"O Lula deu cambalhota no primeiro turno e fez papel de ator no horário eleitoral. Não acho que vá surtir efeito", disse Guerra, para quem a comunicação será fundamental no segundo turno.
Além do programa eleitoral em rádio e TV, aliados serão escalados para dar entrevistas em rádios. Reunidos em São Paulo, os aliados definirão a estratégia hoje.

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