domingo, 27 de novembro de 2011

Dilma é cumplice

Dilma é cumplice

A Revista Veja em nova reportagem informa que a Presidente Dilma recebeu denuncia de sindicalista, por escrito, e não tomou providências, silenciando diante da cobrança de propina no Ministerio do Trabalho. A oposição cobra e VEJA divulga; “É crime de responsabilidaede. A presidente nao poderia fazer vistas grossas a essa denúncia, que não é anônima”, diz o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). O parlamentar diz ainda que os novos fatos ajudam a sepultar a imagem da presidente faxineira: “Ela tem sido, desde o primeiro momento, advogada de defesa de todos os ministros denunciados. Uma advogada malsucedida, porque ao final perde a causa.”

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sábado, 22 de outubro de 2011

“As passeatas contra a corrupção estão defendendo a Constituição”

Entrevista
Bolívar Lamounier, cientista político e sociólogo
Publicado em 23/10/2011 Agência O Globo

Mesmo desfocado e com pouco impacto nas ruas, o movimento anticorrupção no Brasil tem dado um recado claro aos políticos sobre a insatisfação da sociedade com os malfeitos do Legislativo e do Executivo. Esta é a opinião do cientista político e sociólogo Bolívar Lamounier, que critica os que veem um viés de direita no movimento afirmando que, desde os anos 50, os protestos contra a corrupção são chamados de “direitistas”, “udenistas”, “lacerdistas” [os dois últimos termos se referem à UDN, partido de direita que fazia forte oposição a Getúlio Vargas e, posteriormente, a João Goulart; e a seu principal líder, o carioca Carlos Lacerda]. “[Os atos anticorrupção] estão defendendo a Constituição”, diz Bolívar.
“Não estou dizendo que o Brasil nunca teve corrupção.
Isso seria uma bobagem.
Estou dizendo que agora saiu de controle.
O governo Lula perdeu o controle.”
Como o senhor vê o movimento anticorrupção?

Há intensidade no protesto, principalmente na internet. O problema é o que você faz com ele, para onde canaliza o protesto. Se vai à rua contra o ministro que superfaturou, é um protesto contra a Dilma ou a favor? Ninguém sabe. Ela toma providências, então o protesto pode ser interpretado como apoio ao que ela está fazendo. Outros pensam protestar contra o governo. Não há foco.

O senhor acredita que o movimento seja mais contra a política que contra a corrupção?

Exatamente. E este é o lado ruim da história. Política virou um nome feio, no mundo inteiro, e o Legislativo é o nome mais feio. É muito mais transparente, é mais fácil saber o que aconteceu. O Legislativo é o Judas da História. Esse é o mecanismo pelo qual a corrupção enfraquece a democracia. Por infeliz coincidência, estamos tendo no Brasil um Congresso muito medíocre. Nunca vi nada igual. A corrupção aumentou monumentalmente.

Quando: no governo Dilma, Lula ou Fernando Henrique?

A afirmação é contundente, mas aumentou no governo Lula. Chegou um número grande de pessoas, não digo que todas mal-intencionadas, mas com pouca experiência política, experiência da máquina, muitas mal-intencionadas. Começou um processo de relaxamento das normas de licitação, contratação e superfaturamento. Lula, que tem 80 qualidades, a meu ver tem uns 60 defeitos. Se tivesse tomado providências no início, logo no caso Waldomiro Diniz, teria controlado 50% do problema. [Waldomiro, um dos principais homens de confiança do então ministro José Dirceu, da Casa Civil, foi acusado em 2004, segundo ano do governo Lula, de negociar com bicheiros o favorecimento em concorrências, em troca de propinas e contribuições para campanhas eleitorais.]

O governo Fernando Henrique também é criticado no caso das privatizações[que supostamente foram foco de corrupção]...

Nada foi provado. Fizeram uma bateria de fuzilamento contra o Eduardo Jorge [Caldas] e não tem acusação contra ele. A mesma coisa contra o Luiz Carlos Mendonça de Barros [os dois, ligados ao PSDB, participaram da articulação das privatizações no governo FHC]. O PT, que fazia fiscalização 24 horas por dia no governo FH, não conseguiu provar nada. Não estou dizendo que o Brasil nunca teve corrupção. Isso seria uma bobagem. Estou dizendo que agora saiu de controle. O governo Lula perdeu o controle.

MINISTERIO DOS ESPORTES - RENUNCIAS TRIBUTARIAS - VIGENCIA INICIO EM 2009

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ORLANDO SILVA ELOGIA ONG COMUNISTA 'PRA FRENTE BRASIL' ACUSADA DE ROUBALHEIRA

Entrevista Coletiva de João Dias sobre o ESCANDALO DO MINISTERIO DOS ESPORTES



As denúncias são graves, diz Alvaro Dias from Alvaro Dias on Vimeo.

PARECER DO MPF DESMENTE OS INVESTIMENTOS DO GOVERNO

MPF entra com Ação contra o Ministerio dos Esportes e Instituto Novo Horizonte desvio chegaram a R$ 2,5 milhoes

Ministério do Esporte possui contrato com outras Ong’s vinculadas ao PC do B


Dyelle Menezes e Lucas Marchesini
Do Contas Abertas



A série de denúncias sobre irregularidades que ronda a Esplanada desde o começo do ano tem novo alvo. A bola da vez é o ministro do Esporte, Orlando Silva, acusado de desviar verba do programa Segundo Tempo. O Contas Abertas fez levantamento sobre o repasse de recursos do programa e descobriu que diveras organizações ligadas ao Partido Comunista do Brasil, agremiação política do ministro, recebem dinheiro da rubrica.

É o caso, por exemplo, do Instituto de Cultura Ambiental (ICA), que recebeu R$ 5,5 milhões do Ministério do Esporte entre 2006 e 2011 através do programa Segundo Tempo. O primeiro-tesoureiro da entidade é Pedro Paulo Ribeiro, filiado ao PC do B desde 15 de dezembro de 1995.

Atualmente, a organização tem um convênio para a manutenção e renovação dos núcleos de esporte educacional com o ministério de Orlando Silva. A previsão é que o contrato termine no dia 3 de dezembro de 2011. A soma total repassada pelo governo federal será de R$ 3,3 milhões. Metade do valor já foi desembolsado para a conta do ICA, por isso, não há ainda informações sobre as empresas contratadas pela instituição.

No quadro do convênio do ICA, o Instituto Master de Assistência e Treinamento para o Desenvolvimento Social (Imas) foi declarado apto a acompanhar a execução do convênio em todas as fases. O Imas é presidido por Julio Cesar da Silva Brandão, também filiado ao PC do B do Rio de Janeiro. O Contas Abertas tentou entrar em contato com o ICA e com Pedro Paulo, mas não conseguiu até o fechamento desta edição.

O Instituto Contato é outro exemplo de instituição relacionada com o PC do B que recebe recursos pelo Segundo Tempo. Entre 2007 e 2011, a instituição já recebeu mais de R$ 20 milhões do programa. A Ong catarinense tem como presidente Rui de Oliveira, comunista desde primeiro de outubro de 1990. Além dele, a administradora da instituição, Simone Fraga entrou no partido exatos quatro anos depois. A relação entre a entidade e o PC do B já tinha sido levantada pela mídia, apesar disso, em 2011, o instituto é o quarto maior beneficiário dentro do programa Segundo Tempo, com R$ 3,1 milhões.

O Segundo Tempo, considerado carro-chefe do Ministério do Esporte, já havia sofrido denúncias de desvio de verbas. Contudo, as acusações ganharam força depois que o policial militar João Dias Ferreira, ex-militante do PC do B, reiterou no domingo (16) a denúncia feita à revista Veja, além de ter proferido outros ataques ao ministro.

Ontem (17), em entrevista coletiva, Orlando Silva se defendeu novamente das acusações divulgadas no final de semana. "Repudio veementemente as falsidade publicadas no fim de semana... mentiras de bandidos, que ganharam tanta repercussão", disse o ministro. "Vou restabelecer minha honra. Uma empresa de comunicação publica isso, sem provas. Não houve e não haverá provas. Protocolei pedido de investigação. A segunda medida, eu propus que o Ministério Público Federal apure cada uma das denuncias publicadas. A terceira medida: quero apresentar minhas razões para contestar o que foi publicado pela revista".

No blog pessoal, Ferreira chamou Orlando de “bandido” e afirmou que apresentará provas do esquema concretas da corrupção no programa. O militar comanda a Associação João Dias de Kung Fu e é presidente da Federação Brasiliense da modalidade. Juntas, as entidades receberam R$ 2,7 milhões em convênios com o Ministério do Esporte entre 2005 e 2011. Segundo Dias, o esquema existe desde a gestão de Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal, quando Orlando era secretário-executivo.

Neste sentido, vale ressaltar que as entidades ligadas a João Dias, investigadas na operação Shaolin que levou à prisão do policial, autor das denúncias, são cobradas a devolver aos cofres públicos R$ 4 milhões. De acordo com a investigação, não há comprovação do uso do dinheiro. Notas fiscais foram falsificadas para justificar os gastos.

O policial militar afirmou ainda que, em março de 2008, o ministro do Esporte propôs um acordo para que não levasse a órgãos de controle e à imprensa denúncia sobre irregularidades no Programa Segundo Tempo. Ferreira protestou, na reunião que afirma ter tido, sobre a ação do ministério que apontou irregularidades em dois convênios. Orlando Silva nega que algum encontro com Ferreira tenha ocorrido em 2008. O ministro disse que só se encontrou com ele em 2004 e 2005.


Orlando Silva compra à vista terreno de R$ 370 mil sobre duto da Petrobras quando ganhava R$ 10 mil

Quando comprou o imóvel ele recebia pouco mais de R$ 10 mil





Silva afirma não haver risco na construção por causa do duto da Petrobras

RICARDO RERRONE
UOL

Em agosto de 2010, Orlando Silva Júnior comprou, por R$ 370 mil, um terreno no distrito de Sousas, em Campinas (SP). Pela área de aproximadamente 90 mil m² passa um duto de gás da Petrobras.

Silva, que é ministro do Esporte desde 2006 e recebia à época da compra R$ 10.748, 43 mensais, pagou o terreno à vista. Conforme documento obtido pela reportagem, ele usou cheque administrativo –modalidade que permite o uso do cheque sem que o pagador movimente sua própria conta. Por meio de sua assessoria de imprensa, porém, ele deu outra versão. Afirmou ter pagado o terreno com um cheque pessoal.

Documentos da própria companhia mostram que há planos para mudanças nos dutos localizados no Estado de São Paulo, gerando alto risco de desapropriação. Um funcionário do condomínio Colinas de Atibaia, onde fica a propriedade, disse ao UOL Esporte que a equipe de uma empresa que trabalha para a petrolífera esteve lá recentemente. Avisou que os primeiros terrenos à esquerda da portaria passarão por uma desapropriação parcial. O objetivo é evitar riscos de contaminação.

O sítio do ministro é justamente o primeiro do lado esquerdo. Silva Júnior comprou um terreno que levou mais de um ano para ser vendido. Ele começou a construir uma casa perto do duto.

DE MÃOS DADAS

A Petrobras é uma forte parceira do Ministério do Esporte. Em agosto, colocou em prática o projeto Esporte & Cidadania em parceria com o ministério. Vai investir R$ 30 milhões em esporte educacional.
Haroldo Borges Rodrigues Lima - Diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, é membro do PC do B e baiano, assim como o ministro do Esporte.
Ana Cristina Petta - Atriz, a mulher do ministro do Esporte, é integrante da Companhia do Latão, grupo teatral patrocinado pela Petrobras.



O PDD (Plano Diretor de Dutos), elaborado em 2007, mostra que uma das preocupações da Petrobras paulista é deixar os dutos que passam pelo Estado mais longe dos vizinhos para diminuir riscos de acidentes. O documento indica que a distância para os dutos deve aumentar, o que forçará mudanças.

"Com o objetivo de diminuir as interferências das populações nas faixas, o projeto PDD/SP irá adotar um novo conceito de corredor de dutos, que consiste na implantação de faixas de dutos com maiores larguras (aproximadamente 60 metros), proporcionando um maior distanciamento entre as comunidades e as faixas", diz trecho do relatório produzido pela Petrobras há quatro anos.

Aumentar a faixa de dutos obriga a companhia a pagar ao proprietário da área um valor ainda maior para manusear o trecho do terreno. É o que pode acontecer com um pedaço da propriedade do ministro. Essas desapropriações costumam ser feitas em negociações entre os proprietários e a empresa.




MINISTRO ENFRENTA SÉRIE DE DENÚNCIAS








Orlando Silva, estará nesta terça-feira, às 14h30, no Congresso Nacional para se defender das denúncias de corrupção feitas no fim de semana pela revista Veja e pelo Fantástico, da Rede Globo. A revista trouxe o depoimento do militar João Dias Ferreira acusando-o de ter recebido "uma caixa de papelão lotada de cédulas de R$ 50 e R$ 100, na garagem do ministério”. Silva se disse inocente e prometeu processar o PM, que está preso. Já o Fantástico apresentou suspeitas sobre a atividade da ONG Pra Frente Brasil, dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Rodriguez. A entidade mantém convênio de R$ 28 milhões com o ME e há acusações de desvio de dinheiro público. Silva pediu investigação sobre o caso.



Silva Júnior, porém, afirma desconhecer risco de desapropriações em sua área. Também diz não saber sobre as mudanças propostas pelo PDD.

De qualquer forma, quem, como Silva Júnior, tem trânsito na Petrobras, antiga parceira do Ministério do Esporte, pode conseguir um preço melhor na negociação com a empresa. O ministro se aproximou ainda mais da companhia por causa da questão dos dutos de Itaquera. Ele assinou como testemunha a carta de intenções entre Corinthians e Odebrecht para a construção do Itaquerão.

Além disso, Ana Cristina Petta, mulher dele, faz parte de uma companhia de teatro patrocinada pela Petrobras. Não é só. A Agência Nacional de Petróleo, que regula as atividades da área, é controlada pelo partido do ministro. Haroldo Borges Rodrigues Lima, diretor-geral da ANP, é baiano e integrante PC do B, como Silva Júnior.




OS DOCUMENTOS



  • Reprodução

    O ministro e sua mulher compraram o terreno de um casal belga que foi representado por procurador



  • Reprodução

    Esse valor foi pago a vista por Orlando Silva Júnior com um cheque administrativo, conforme mostra documento obtido pela reportagem do UOL Esporte



  • Reprodução

    Assinatura do ministro no documento da compra



  • Reprodução

    A empresa pagou ao casal belga que era dono do lote um preço bem melhor em relação ao acertado com Silva Jùnior, em um indício de que ter uma área transformada em servidão de passagem ou desapropriada pode ser um bom negócio até para quem não tem contatos na companhia. A petrolífera pagou R$ 5,96 pelo m², enquanto para o ministro cada m² custou cerca de R$ 4.


    Em 2005, antigos donos receberam da Petrobras pela passagem do duto, como mostra escritura retificada e ratificada após venda para o ministro







Antes de o ministro comprá-lo, o terreno já havia passado por três espécies de desapropriações parciais, chamadas de servidões de passagem. De acordo com certidão do imóvel registrada no 4º Oficial de Registro de Imóveis de Campinas, a Petrobras deu aos ex-proprietários, em 2005, R$ 54.297,91 por 9.095,87 m referentes a três faixas de terra.


A oferta da Petrobras foi bem melhor do que a de Silva Júnior, apesar de ter sido feita cinco anos antes. De lá para cá, houve uma explosão imobiliária, que não parece ter sido levada em conta.

Orlando fez um negócio da China em comparação com os terrenos à disposição no mesmo condomínio, mas na portaria vizinha. Sem dutos por perto, as propriedades custam entre R$ 15 e R$ 20 cada m², de acordo com um corretor consultado pela reportagem. Nessa área, um terreno de 20 mil m² está sendo oferecido por R$ 380 mil, quase a mesma quantia paga pelo ministro em 90.000 m².

O mesmo corretor diz que a área adquirida por Silva Júnior vale menos por causa de uma acentuada inclinação, por ter muitos carrapatos e pelo tempo que ficou encalhada.

Apesar de poucas casas por perto, o lote escolhido pelo ministro não favorece quem busca tranquilidade para passar os finais de semana com a família. Fica em frente a um pesqueiro, o que provoca grande movimentação aos sábados e domingos. O local é de acesso razoavelmente difícil, com um trecho de 9 km em estrada de terra.

A negociação com a Petrobras está detalhada na escritura de compra e venda do imóvel para o ministro e sua mulher, datada de 13 de agosto de 2010. No documento está escrito que a operação entre os belgas e a petrolífera ainda não havia sido registrada em cartório, o que só aconteceu em novembro daquele ano.

A escritura que concretiza a venda para Silva Júnior tem uma cláusula que define que a Petrobras poderá usar a sua faixa no terreno para a instalação de dutos, proteção dos mesmos e outras instalações. Ou seja, não estão descartadas novas obras no local.

As metas estabelecidas pelo Plano Diretor de Dutos transformam a área em que está a propriedade do ministro num local atrativo para operações da Petrobras. O projeto prevê desativação de dutos em áreas densamente povoadas e demonstra grande preocupação com a vizinhança.

O condomínio em que Silva Júnior está construindo é de propriedades rurais. Seu sítio é o primeiro na rota dos dutos no condomínio. O ministro nega que sua propriedade fique num condomínio. De fato, a escritura não cita isso.

Entretanto, a reportagem do UOL Esporte esteve lá. Para chegar ao terreno, precisou passar pelo portão 3 do Condomínio Atibaia. Na parede da portaria, foi colocado um papel com o nome de todos os moradores. À caneta, por serem mais recentes, aparecem Silva Júnior e Ana Cristina. A patente ministerial não aparece. Porém, os funcionários sabém que o dono do terreno em frente ao lote 07 comanda o Ministério do Esporte, apesar de afirmarem nunca terem visto o proprietário ilustre por lá.

domingo, 16 de outubro de 2011

VIDEO - ONG de ex-atleta é suspeita de fraudar convênio com Ministério do Esporte

Ex-jogadora de basquete Karina nega fraude no programa Segundo Tempo.
'Veja' acusou ministro do Esporte de desviar verba do programa; ele nega.






A organização não governamental Pra Frente Brasil, criada em 2003 pela ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, é suspeita de desviar recursos repassados pelo Ministério do Esporte por meio do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes carentes. A reportagem foi exibida no “Fantástico” deste domingo (16).

O mesmo programa Segundo Tempo foi alvo de reportagem da revista “Veja” neste fim de semana. Conforme a revista, o ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), recebeu propina de dinheiro desviado do programa. A reportagem traz declarações do policial militar João Dias Ferreira, preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010, também por suspeita de fraudar o Segundo Tempo.


À “Veja”, João Dias, como é conhecido, afirmou que o ministro teria recebido dinheiro pessoalmente na garagem do ministério. A reportagem aponta que o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 40 milhões nos últimos oito anos.


Conforme o “Fantástico”, a ONG Pra Frente Brasil, fundada pela ex-atleta Karina em Jagariúna, no interior de São Paulo, originalmente tinha o nome de Bola pra Frente.

Em 2008, Karina se elegeu vereadora em Jaguariúna, no interior de São Paulo pelo PCdoB, mesmo partido do ministro Orlando Silva. Em discurso na Câmara de Jagariúna, Karina afirmou que era responsável pela entidade Pra Frente Brasil. "Na minha entidade, eu sei tudo o que acontece. E sou responsável por tudo o que acontece."

A ONG Pra Frente Brasil atua em 17 municípios do estado de São Paulo e tem o programa Segundo Tempo como uma das atividades oferecidas. O programa é considerado estratégico pelo governo federal e desde 2003, quando foi criado, repassou R$ 750 milhões para prefeituras, estados e ONGs. A entidade da ex-atleta Karina recebeu R$ 28 milhões nos últimos seis anos.

Parte da verba recebida pela entidade seria utilizada para compra de lanches. A principal fornecedora é a empresa RNC, de Campinas. Um dos sócios da RNC é Reinaldo Morandi, que diz ser assessor de Karina. A RNC foi contratada pela Brasil Pra Frente e recebeu mais de R$ 10 milhões entre 2007 e 2010. Em janeiro de 2010, foi assinado um contrato entre a empresa e a ONG no valor de R$ 4,47 milhões para fornecimento de kits lanche por 21 meses.

O Ministério do Esporte não exige que as entidades façam concorrência pública, mas determina que as ONGs façam cotação de preços e observem os princípios da moralidade, economicidade e impessoalidade.

Na avaliação do promotor José Cláudio Tadeu Baglio, do Grupo de Combate ao Crime Organizado, a contração da RNC é irregular. "O princípio da impessoalidade significa, a grosso modo, que você não pode contratar uma empresa baseado na pessoa que está por trás dessa pessoa jurídica", diz. Isso significa, conforme o promotor, que dirigentes de ONGs não deveriam contratar pessoas próximas, como parentes e amigos. Quando o "Fantástico" voltou a procurar Reinaldo Morandi, ele negou ligação com Karina.

Empresa de fachada
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, há indícios de que a RNC seja uma empresa de fachada. "Surge uma figura que é bastante popular hoje, que é a figura do laranja, que é colocado na direção da empresa para fins de prática de ilícito penal. Quando, na realidade, quem administra é outra pessoa."

A empresa Esporte e Ação, também contratada pela ONG da ex-jogadora Karina, é suspeita de ser de fachada, conforme o MP. Entre 2007 e 2010, a Esporte e Ação recebeu da ONG de Karina R$ 1,29 milhão para fornecimento de material esportivo. A dona da empresa é Cleide do Nascimento Villalva. A família Villalva tem outra empresa, a Marcelo Villalva - EPP, que também firmou contratos com a ONG de Karina. A Marcelo Villalva - EPP recebeu, entre 2007 e 2010, R$ 2,74 milhão para fornecer materiais esportivos e lanches.

Os donos das duas empresas, Cleide e Marcelo, são casados. Um antigo endereço da Esporte e Ação fica na casa dos pais de Marcelo Villalva, que dizem que o filho nunca ganhou tanto dinheiro assim. "Estamos na pindura desgraçada. (..) Ele tem uma casinha popular, como a minha", diz Vilma Villalva, mãe de Marcelo.

Marcelo disse ao "Fantástico" que não há nenhuma irregularidade. "Participamos da licitação. Uma licitação inclusive presencial, tudo certinho." Ele afirmou que o dinheiro recebido foi aplicado corretamente.

A ex-jogadora Karina, que oficialmente é gerente da ONG Pra Frente Brasil, disse que tudo foi feito dentro da lei e negou que as empresas contratadas sejam de fachada. "Uma empresa que preencheu alvará, todas as certidões. Cumpriu todos os requisitos." A ex-atleta também negou que Reinaldo Morandi, da RNC, seja seu assessor.

Karina disse que a ONG é fiscalizada constantemente e que duas investigações já foram arquivadas.

O ministro Orlando Silva afirmou que eventuais irregularidades serão apuradas. "Ele [o programa] é perfeito? Não. Provavelmente, não. Mas é preciso continuarmos nesse esforço de ter uma gestão o mais eficiente possível. Nós temos que apurar e eventualmente identificar qualquer tipo de erro. O erro será seguramente corrigido".

O Ministério Público de São Paulo afirmou que todas as denúncias mostradas pelo "Fantástico" foram encaminhadas para a Procuradoria Geral da República, uma vez que se trata de verba federal.

sábado, 15 de outubro de 2011

Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção

Segundo o policial militar João Dias Ferreira, ministro do Esporte recebeu propina nas dependências do ministério

















NA MIRA 
As fraudes no programa Segundo Tempo são investigadas há mais de três anos, mas é a primeira vez que o ministro é apontado diretamente como mentor das irregularidades

No ano passado, a polícia de Brasília prendeu cinco pessoas acusadas de desviar dinheiro de um programa criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas. O grupo era acusado de receber recursos do Ministério do Esporte através de organizações não governamentais (ONGs) e embolsar parte do dinheiro. Chamava atenção o fato de um dos principais envolvidos ser militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ex-candidato a deputado e amigo de pessoas influentes e muito próximas a Orlando Silva, o ministro do Esporte. Parecia um acontecimento isolado, uma coincidência. Desde então, casos semelhantes pipocaram em vários estados, quase sempre tendo figuras do PCdoB como protagonistas das irregularidades. Agora, surgem evidências mais sólidas daquilo que os investigadores sempre desconfiaram: funcionava dentro do Ministério do Esporte uma estrutura organizada pelo partido para desviar dinheiro público usando ONGs amigas como fachada. E o mais surpreendente: o ministro Orlando Silva é apontado como mentor e beneficiário do esquema.

Em entrevista a VEJA, o policial militar João Dias Ferreira, um dos militantes presos no ano passado, revela detalhes de como funciona a engrenagem que, calcula-se, pode ter desviado mais de 40 milhões de reais nos últimos oito anos. Dinheiro de impostos dos brasileiros que deveria ser usado para comprar material esportivo e alimentar crianças carentes, mas que acabou no bolso de alguns figurões e no caixa eleitoral do PCdoB. O relato do policial impressiona pela maneira rudimentar como o esquema funcionava. As ONGs, segundo ele, só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios. O partido indicava desde os fornecedores até pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias. O militar conta que Orlando Silva chegou a receber, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério do Esporte, remessas de dinheiro vivo provenientes da quadrilha: “Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem” (veja a entrevista abaixo). João Dias dá o nome da pessoa que fez a entrega. Parte desse dinheiro foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.

O programa Segundo Tempo é repleto de boas intenções. Porém, há pelo menos três anos o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União desconfiam de que exista muita coisa além da ajuda às criancinhas. Uma das investigações mais completas sobre as fraudes se deu em Brasília. A capital, embora detentora de excelentes indicadores sociais, foi muito bem aquinhoada com recursos do Segundo Tempo, especialmente quando o responsável pelo programa era um político da cidade, o então ministro do Esporte Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal. Coincidência? A investigação mostrou que não. A polícia descobriu que o dinheiro repassado para entidades de Brasília seguia para entidades amigas do próprio Agnelo, que por meio de notas fiscais frias apenas fingiam gastar a verba com crianças carentes. Agnelo, pessoalmente, foi acusado de receber dinheiro público desviado por uma ONG parceira. O soldado João Dias, amigo e aliado político de Agnelo, controlava duas delas, que receberam 3 milhões de reais, dos quais dois terços teriam desaparecido, de acordo com o inquérito. Na ocasião, integrantes confessos do esquema concordaram em falar à polícia. Contaram em detalhes como funcionava a engrenagem. O soldado João Dias, porém, manteve-se em silêncio sepulcral — até agora.

Na entrevista, o policial afirma que, na gestão de Agnelo Queiroz no ministério, o Segundo Tempo já funcionava como fonte do caixa dois do PCdoB — e que o gerente do esquema era o atual ministro Orlando Silva, então secretário executivo da pasta. Por nota, a assessoria do governador Agnelo disse que as relações entre ele e João Dias se limitaram à convivência partidária, que nem sequer existe mais. VEJA entrevistou também o homem que o policial aponta como o encarregado de entregar dinheiro ao ministro. Trata-se de Célio Soares Pereira, 30 anos, que era uma espécie de faz-tudo, de motorista a mensageiro, do grupo que controlava a arrecadação paralela entre as ONGs agraciadas com os convênios do Segundo Tempo. “Eu dirigia e, quase todo mês, visitava as entidades para fazer as cobranças”, contou. Casado, pai de seis filhos, curso superior de direito inconcluso, Célio trabalha atualmente como gerente de uma das unidades da rede de academias de ginástica que o soldado João Dias possui. Célio afirma que, além do episódio em que entregou dinheiro ao próprio Orlando Silva, esteve pelo menos outras quatro vezes na garagem do ministério para levar dinheiro. “Nessas vezes, o dinheiro foi entregue a outras pessoas. Uma delas era o motorista do ministro”, disse a VEJA. O relato mais impressionante é de uma cena do fim de 2008. “Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”, conta.

Célio afirma que um dirigente do PCdoB, Fredo Ebling, era encarregado de indicar a quem, quando e onde entregar dinheiro. “Ele costumava ir junto nas entregas. No dia em que levei o dinheiro para o ministro, ele não pôde ir. Me ligou e disse que era para eu estar às 4 e meia da tarde no subsolo do ministério e que uma pessoa estaria lá esperando. O ministro estava sentado no banco de trás do carro oficial. Ele abriu o vidro e me cumprimentou. O motorista dele foi quem pegou a caixa com o dinheiro e colocou no porta-malas do carro”, afirma. Funcionário de carreira do Congresso Nacional, chefe de gabinete da liderança do partido na Câmara dos Deputados, Fredo Ebling é um quadro histórico entre os camaradas comunistas. Integrante da Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB nacional, ele foi candidato a senador e a deputado por Brasília. Em 2006, conseguiu um lugar entre os primeiros suplentes e, no final da legislatura passada, chegou a assumir por vinte dias o cargo de deputado federal. João Dias diz que Fredo Ebling era um dos camaradas destacados por Orlando Silva para coordenar a arrecadação entre as entidades. O policial relata um encontro em que Ebling abriu o bagageiro de seu Renault Mégane e lhe mostrou várias pilhas de dinheiro. “Ele disse que ia levar para o ministro”, afirma. Ebling nega. “Eu não tinha esse papel”, diz. O ex-deputado diz que conhece João Dias, mas não se lembra de Célio.

A lua de mel do policial com o ministério e a cúpula comunista começou a acabar em 2008, quando passaram a surgir denúncias de irregularidades no Segundo Tempo. Ele afirma que o ministério, emparedado pelas suspeitas, o deixou ao léu. “Eu tinha servido aos interesses deles e de repente, quando se viram em situação complicada, resolveram me abandonar. Tinham me prometido que não ia ter nenhum problema com as prestações de contas.” O policial diz que chegou a ir fardado ao ministério, mais de uma vez, para cobrar uma solução, sob pena de contar tudo. No auge da confusão, ele se reuniu com o próprio Orlando Silva. “O Orlando me prometeu que ia dar um jeito de solucionar e que tudo ia ficar bem”, diz. O ministro, por meio de nota, confirma ter se encontrado com o policial. Diz que o recebeu em audiência, mas nega que soubesse dos desvios ou de cobrança de propina. “É uma imputação falsa, descabida e despropositada. Acionarei judicialmente os caluniadores”, afirmou o ministro, em nota.

Em paralelo às investigações oficiais, João Dias respondeu por desvio de conduta na corporação militar. A Polícia Militar de Brasília oficiou ao ministério em busca de informações sobre os convênios. A resposta não foi nada boa para o soldado: dizia que ele estava devendo 2 milhões aos cofres públicos por irregularidades nas prestações de contas. João Dias então subiu o tom das ameaças. Em abril de 2008, quando foi chamado à PM para dar satisfações e tomou conhecimento do ofício, ele procurou pessoalmente o então secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Cesar Filgueira, para tirar satisfação. O encontro foi na secretaria. O próprio João Dias conta o que aconteceu: “Eu fui lá armado e dei umas pancadas nele. Dei várias coronhadas e ainda virei a mesa em cima dele. Eles me traíram”. Júlio Filgueira, também filiado ao PCdoB de Orlando Silva, era responsável por tocar o programa. A pressão deu certo: o ministério expediu um novo ofício à Polícia Militar amenizando a situação de Dias. O documento pedia que fosse desconsiderado o relatório anterior. A agressão que João Dias diz ter cometido dentro da repartição pública passou em branco. “Eles não tiveram coragem de registrar queixa porque ia expor o esquema”, diz o soldado. Indagado por VEJA, o gabinete de Orlando Silva respondeu que “não há registro de qualquer agressão nas dependências do Ministério do Esporte envolvendo estas pessoas”. O ex-secretário Júlio Filgueira, que deixou o cargo pouco depois da confusão, confirma ter recebido o policial mas nega que tenha sido agredido. “Ele estava visivelmente irritado, mas essa parte da agressão não existiu”, diz. A polícia e o Ministério Público têm uma excelente oportunidade para esclarecer o que se passava no terceiro tempo no Ministério do Esporte. As testemunhas, como se viu, estão prontas para entrar em campo




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Governo

Ministro Orlando Silva rebate acusação e se diz 'perplexo'
Segundo policial militar, ministro do Esporte recebeu propina no ministério


O ministro do Esporte, Orlando Silva, rebateu as acusações de foi o mentor e beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo. Na edição que chega neste sábado às bancas, a revista VEJA traz uma entrevista com o policial João Dias Ferreira, um militante do PC do B que também é dono de uma ONG que sumiu com 2 milhões de reais que deveriam ter sido usados na compra material esportivo e alimentos para crianças carentes.

De Guadalajara, no México, onde participou da cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos, Orlando Silva se disse chocado com a denúncia e classificou o denunciante como “bandido”. O ministro afirmou que tinha conhecimento de que o policial ameaçara fazer denúncias públicas envolvendo sua pasta e admitiu ter recebido João Dias no ministério, a pedido de seu antecessor na pasta e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

“Confesso que eu estou chocado”, disse. “Estou estupefato, perplexo. Um bandido fala e eu que tenho que provar que não fiz, meu Deus?”, afirmou o comunista, informando que vai processar o policial.

O ministro disse que sabia das ameaças do policial há algum tempo. “Durante um ano esse sujeito procurou gente do ministério e fez ameaça, insinuação. E qual foi a nossa posição? Amigo, denuncie, fale o que você quiser. Por quê? Porque como nós temos convicção de que o que foi feito foi o correto, nós não tememos. E falávamos para ele: não nos interessa. Ele falava que existia um dossiê, que ia denunciar... A resposta era: faça, procure o Ministério Público, a polícia, a justiça, faça o que você quiser fazer”, afirmou.

Indagado sobre a razão pela qual o ministério não comunicou as ameaças à polícia, o ministro disse que “imaginou” que um de seus subordinados pudesse ter levado o assunto às autoridades competentes. “Chegamos a falar sobre essa hipótese.”

O ministério não registrou queixa das ameaças nem da agressão física que o próprio policial diz ter cometido contra Júlio Filgueira, ex-secretário nacional de Esporte Educacional do ministério. João Dias disse ter dado socos e coronhadas em Filgueira, nas dependências da secretaria.

Sobre o encontro que teve com o soldado, Orlando Silva explicou: “Estive com ele uma única vez, quando o Agnelo recomendou que eu recebesse ele, que era presidente de uma federação esportiva em Brasília e ele propôs fazer a tal parceria com o programa Segundo Tempo. Foi no gabinete, em audiência. Não foi num lugar escuso, sombrio. E quando ele não cumpriu aquilo que estava determinado, eu assinei a Tomada de Contas Especial, eu mandei para o Tribunal de Contas apurar”, declarou.

Orlando Silva desafiou o policial a provar o que diz e sugeriu que o militar, seu colega de partido, enriqueceu às custas de corrupção. “Vale a pena olhar qual é a minha declaração de renda, qual é meu patrimônio, qual é minha conta bancária e qual é a dele”. Por fim, emendou, enigmático: “Qual é a (conta) dele e de outras pessoas que têm relação (com o soldado)”.

Apesar de sua assessoria ter sido procurada na quinta-feira por VEJA, só após o fechamento da revista, na noite de sexta-feira, é que Orlando Silva fez contato com a reportagem. Antes, seus assessores haviam pedido que as perguntas fossem encaminhadas por escrito

Golpes, ONGs e a mala de dinheiro - PT e PCdoB na berlinda


Agnelo Queiroz, candidato do PT ao governo de Brasília, é acusado de receber R$ 256 mil desviados de programa do Ministério do Esporte

O ex-ministro do Esporte e candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, terá um caminho duro até as eleições de outubro. Um obstáculo difícil será superar o adversário Joaquim Roriz (PSC), político popular que ficou quase 14 anos no poder e está na dianteira das pesquisas eleitorais realizadas até agora. Antes, porém, Agnelo terá de se defender de denúncias que o relacionam a desvios de verbas do Segundo Tempo, principal programa do Ministério do Esporte no governo Lula.

Uma investigação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal no início de abril, batizada de Operação Shaolin, prendeu cinco pessoas, apreendeu documentos e colheu depoimentos sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo ministério a duas associações de kung fu de Brasília. O relatório final da operação compromete Agnelo com um golpe milionário e sugere o envio das informações ao Ministério Público Federal (MPF) para que a investigação seja aprofundada. Os desdobramentos do caso dirão se o ex-ministro terá condições de se livrar das graves acusações ou se ele aumentará a lista dos políticos de Brasília flagrados com a mão no dinheiro público.

Rafael Neddemermeyer
ACUSAÇÃO
No inquérito, o delegado afirma que Agnelo “teria se valido da condição de ex-ministro” para ser favorecido pelo esquema de corrupção. Agnelo nega

ÉPOCA teve acesso ao relatório da Polícia Civil. “Os indícios preliminares colhidos sugerem que Agnelo Queiroz teria se valido de sua condição de ex-ministro do Esporte para se beneficiar de um suposto esquema de desvio de recursos pertencentes a associações que receberam verbas do programa Segundo Tempo”, afirma, no documento, Giancarlos Zuliani Junior, o delegado responsável pela investigação. A origem das irregularidades foi o repasse de R$ 2,9 milhões para a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e para a Associação João Dias de Kung Fu. O maior convênio, de R$ 2 milhões, foi assinado em 2005 pelo então secretário executivo da pasta e atual ministro, Orlando Silva, com a Febrak. A federação teria de desenvolver atividades desportivas com 10 mil alunos da rede pública de ensino enquanto não estavam em sala de aula. O segundo convênio, de R$ 920 mil, foi firmado com a associação em 2006, quando Agnelo não era mais ministro do Esporte. Segundo a polícia, as associações, presididas pelo policial militar, professor de kung fu e suplente de deputado distrital João Dias (PCdoB), se apropriaram de R$ 2 milhões dos convênios sem prestar os serviços combinados.

A investigação sustenta que as ONGs de Dias forjavam a compra de materiais que seriam usados durante as atividades com as crianças, tais como quimonos, jogos de xadrez, damas, varetas e alimentos. As associações teriam atuado em conluio com empresas que forneciam notas fiscais frias para driblar a fiscalização do ministério.

reprodução/Revista Época

De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.

Fernando Soutello
O INÍCIO
Então secretário, o atual ministro Orlando Silva assinou com João Dias o contrato com a Febrak. Segundo uma testemunha, desse convênio teriam saído R$ 256 mil para Agnelo

Uma testemunha disse ao delegado Giancarlos Zuliani que sacou entre os dias 7 e 8 de agosto de 2007 o equivalente a R$ 335 mil em uma agência do Banco de Brasília, o BRB. Essa testemunha não será identificada na reportagem porque, segundo um envolvido nas investigações, ela ainda não está sob proteção da polícia. A mesma testemunha disse que colocou R$ 256 mil numa mochila e seguiu até a cidade-satélite de Sobradinho, acompanhada de Eduardo Pereira Tomaz, principal assessor de João Dias nos projetos do Segundo Tempo. Chegando ao local indicado, o estacionamento de uma concessionária de motos, um Honda Civic de cor preta, diz a testemunha, estacionou ao lado do carro onde estava com Eduardo. Eduardo, prossegue o relato, entregou a mochila com o dinheiro ao passageiro do carro preto.

A testemunha diz ter identificado o homem que pegou a mochila. “O local onde ocorreu a suposta entrega possuía boa iluminação, razão pela qual o declarante pode afirmar com convicção que Agnelo Queiroz foi a pessoa que recebeu a mochila contendo R$ 256 mil”, diz o relatório da polícia. O depoimento fornece detalhes do encontro em Sobradinho. O ex-ministro teria despejado o dinheiro no chão do carro para conferir os valores e, ao final, tirado R$ 1.000 e dado como gorjeta para Eduardo e para a testemunha.

reprodução/Revista Época

Eduardo e João Dias foram presos temporariamente durante a Operação Shaolin. Um manuscrito encontrado na casa de Dias chamou a atenção dos policiais. Trata-se de um bilhete que relaciona o número “300.000” ao nome “Agnelo”. O papel foi submetido a perícia, que identificou João Dias como o autor do manuscrito. Gravações telefônicas autorizadas pela 3ª Vara Criminal de Brasília, segundo os investigadores, interceptaram ligações realizadas por Ana Paula Oliveira, mulher de Dias, para Agnelo Queiroz na manhã de 5 de abril, logo após a prisão de João Dias Ferreira. De acordo com a investigação, Ana Paula tentou falar três vezes com Agnelo para “solicitar a indicação de um advogado para defender seu marido na situação relacionada ao Segundo Tempo”. Em outro momento, segundo a polícia, Dias quis auxílio de Agnelo para se defender em uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal.

Adriano Machado
O IMÓVEL
A casa de João Dias em um condomínio nos arredores de Brasília. Dias comprou-a enquanto recebia dinheiro do Ministério do Esporte

A polícia indiciou sete pessoas, entre elas João Dias e Eduardo Pereira Tomaz. Além de sugerir o envio das informações para o MPF, Zuliani pede que seja feito um rastreamento dos telefones celulares usados por Agnelo e pelos outros envolvidos na suposta entrega de dinheiro em Sobradinho. Propõe, também, que sejam pedidos os extratos telefônicos que contêm as chamadas geradas e recebidas pelas linhas usadas pelos suspeitos, inclusive Agnelo.

Agnelo nega ter recebido dinheiro proveniente das associações ligadas a João Dias. Diz não ter havido o encontro em Sobradinho descrito pela testemunha e ataca os investigadores. “Esse é um inquérito ilegal e clandestino, arquitetado por uma facção da Polícia Civil do Distrito Federal que estava sob o comando dos meus adversários e que tinha na linha de frente o ex-governador José Roberto Arruda”, afirma. “Esse dossiê, travestido de relatório final de um inquérito, produzido por um grupo da Polícia Civil do Distrito Federal que não tem competência legal para fazê-lo, está sendo usado por meus adversários políticos do momento para tentar equiparar a minha biografia ao prontuário policial deles.” Indagado sobre sua relação com João Dias, Agnelo afirma que foram “correligionários” no PCdoB na eleição de 2006, mas nega que tenha recebido pedido para ajudá-lo na defesa contra a denúncia do MP. “A investigação obedeceu a todas as condições técnicas e foi concluída”, afirma o diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Pedro Cardoso. “O relatório foi encaminhado pelo delegado constituído para a Justiça.”

reprodução/Revista Época

João Dias nega o envio de pacotes de dinheiro para Agnelo. “Não existe possibilidade de qualquer tipo de benefício direto ou indireto ao ex-ministro Agnelo. Nunca houve nenhum tipo de ajuda financeira”, disse Dias a ÉPOCA. Dias afirma que não escreveu o bilhete e se compromete a fazer novos exames grafotécnicos para provar que a letra não é dele. De acordo com o Ministério do Esporte, os convênios com as associações de kung fu foram firmados obedecendo a critérios técnicos. O ministério diz que o dinheiro desviado, avaliado em R$ 4 milhões em valores atuais, foi cobrado dos representantes das ONGs. Eduardo Tomaz nega o encontro de Sobradinho e a entrega do dinheiro relatada pela testemunha no inquérito.

Diz uma lei não escrita, estabelecida há meses na política do Distrito Federal, que não vence as eleições quem tiver mais votos, mas quem conseguir sobreviver a denúncias de corrupção. Para Agnelo, o maior desafio agora não é enfrentar uma disputa com Roriz, mas provar que as acusações contra ele são inconsistentes.

Dirigente de ONG ameaça ministro do Esporte do PC do B


O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira é um personagem recorrente de denúncias envolvendo o Ministério do Esporte. Dias presidiu duas entidades acusadas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo do Ministério. Desde o começo das denúncias, Ferreira sempre se manteve na sombra. Há duas semanas, porém, ele mudou de atitude. Ferreira criou um blog e passou a atacar desafetos por meio dele. No blog, Dias promete, entre outras coisas, fazer revelações sobre “arrecadadores da gestão do Orlando Silva (ministro do Esporte)”. Ferreira afirma, também, que um ex-servidor do ministério, supostamente requisitado por Orlando Silva, cobrava propina para “sumir” com processos de prestação de contas dos convênios supostamente fraudados. Dias afirma que não pagou pelo serviço, mas dará nomes de quem teria aceitado pagar. O advogado de João Dias disse que não conseguiu localizá-lo para comentar o conteúdo do blog. Em nota à revista, o Ministério do Esporte afirma que não comentará “invencionices” do policial. Disse, ainda, que o autor das denúncias deveria “procurar a justiça”.

Reportagem publicada no blog Quidnovi, na sexta-feira, afirma que o soldado João Dias detalhou, a uma pessoa próxima à presidente Dilma Rousseff, desvios de dinheiro do programa Segundo Tempo para o PC do B, partido do ministro Orlando Silva. Ainda de acordo com a reportagem, Dias deu informações sobre desvios no contrato que o Ministério do Esporte mantém com uma empresa de publicidade. Entre os favorecidos com as supostas irregularidades estariam ex-funcionários e o chefe de gabinete do ministro Orlando Silva, Vicente José de Lima Neto. Segundo o Ministério do Esporte, a empresa foi contratada mediante licitação e as afirmações (João Dias) não têm fundamento. “As insinuações são invencionices”, diz a nota.

Em maio do ano passado, ÉPOCA publicou reportagem sobre relatório final da Operação Shaolin, da Polícia Civil de Brasília, que investigou desvios no Segundo Tempo a partir de convênios com as associações de João Dias. De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias: a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e a Associação João Dias de Kung Fu. As associações foram contratadas para desenvolver atividades esportivas com alunos da rede pública de ensino. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"O MINISTRO RECEBIA O DINHEIRO NA GARAGEM" - Govern... on Twitpic

Blog do Dr. Marco Sobreira: DIRIGENTE DE ONG AMEAÇA MINISTRO DO ESPORTE (lavan...

Blog do Dr. Marco Sobreira: DIRIGENTE DE ONG AMEAÇA MINISTRO DO ESPORTE (lavan...: O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira é um personagem recorrente de denúncias envolvendo o Ministério do Espo...

DILMA FOGE DE SERVIDORES PÚBLICOS E BANCARIOS EM PORTO ALEGRE


http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5412443-EI7896,00-RS+protesto+obriga+Dilma+a+usar+carro+em+trajeto+de+m.html

Bancários e servidores públicos tumultuaram passagem de Dilma pela região central de Porto Alegre

Foto: Tárlis Schneider/Agência Freelancer/Especial para Terra

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Daniel Favero
Direto de Porto Alegre

Dezenas de bancários e servidores dos Correios, da saúde estadual e da Justiça Federal organizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, na manhã desta sexta-feira, durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Porto Alegre. Na saída da Assembleia, Dilma tentou evitar os manifestantes e teve que ir de carro ao Palácio do Piratini, sede do governo estadual, distante cerca de 50 m - um trajeto que normalmente é feito a pé.

Munidos de apitos e narizes de palhaço, os manifestantes soltaram fogos de artifício durante o discurso de Dilma na Assembleia Legislativa, tumultuando a cerimôniade lançamento do Pacto Brasil Sem Miséria na Região Sul.

Dilma chegou por volta das 10h20 à Assembleia, onde recebeu do presidente da Assembleia, deputado Adão Villaverde (PT), a Medalha do Cinquentenário da Legalidade e uma publicação que relata as atividades realizadas pela Casa em homenagem aos 50 anos do Movimento da Legalidade, desencadeado para garantir a posse de João Goulart na Presidência após a renúncia de Jânio Quadros.

Dilma foi recebida por Villaverde e pelo governador do Estado, Tarso Genro. Na Sala da Presidência da Assembleia já aguardavam Dilma o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), a presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Sofia Cavedon (PT), e a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT), além dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Ana Amélia Lemos (PP-RS). A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), também recepcionaram a presidente.

Dilma assinou, ao lado dos três governadores dos Estados da Região Sul do País - Tarso Genro (RS), Raimundo Colombo (Santa Catarina) e Beto Richa (Paraná) - o Pacto Sul - Brasil Sem Miséria, que prevê diversas ações para erradicar a pobreza na região. Segundo o governo federal, o programa pretende beneficiar, em todo o País, 16,2 milhões de pessoas, sendo que a Região Sul responde por 4,3% do total.

Estima-se que 61% da população mais pobre da região está concentrada na área urbana. O programa espera erradicar a pobreza através de ações que garantam a transferência de renda, a inclusão produtiva, o acesso a serviços públicos, saúde, educação, assistência social, saneamento e energia elétrica.

Protestos
Além das manifestações dos bancários e dos servidores públicos, trabalhadores da área carbonífera do Estado fizeram um protesto que bloqueou a BR-290 na altura da Ponte do Guaíba, principal ligação de Porto Alegre com o sul gaúcho. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 40 manifestantes desceram de um ônibus no km 96 da rodovia, por volta das 8h30. Em seguida, quatro caminhões usados para o transporte de carvão fecharam as pistas, bloqueando o trânsito nos dois sentidos.

Ainda de acordo com a PRF, os manifestantes pretendiam apresentar à presidente Dilma queixas sobre a atual situação do setor, que, segundo os organizadores do protesto, estaria sendo preterido em leilões de energia promovidos pelo governo federal. Após duas horas de negociação, os manifestantes liberaram a via totalmente por volta das 10h30.

Com informações da Agência da ALRS.

Relatório do TCU - 2º Trimestre - Débitos e Multas

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Motorista que jogou carro em cima da Marcha Contra a Corrupcao em Curitiba 12/10/11 Curitiba

Este é o absurdo que nos deparamos todos os dias, este marginal da Captiva placa AQU 0226, passou por cima de um canteiro jogando o veiculo contra a Marcha Contra a Corrupção, obtivemos o nome dele Guilherme Regiani que teria adquirido este veiculos a poucos dias, uma falta de respeito total, agravando ainda mais por ser crime atentar contra pedestres. Morador do bairro Cabral é uma vergonha a socidade brasileira e Curitibana. Absurdo pois existia criancas e idosos, nada justifica tamanha violência.



terça-feira, 4 de outubro de 2011

Site do "Financial Times" publica artigo com críticas a Tia Dilma

jornal "Financial Times" publicou ontem, em sua versão digital, um artigo intitulado "Dilma: Agony Aunt to the European Union".

Leia a íntegra do artigo da Reuters reproduzido pelo "FT".

O termo "agony aunt" se refere, em inglês, a colunistas especializados em conselhos sentimentais --em geral, uma senhora mais velha, daí o "aunt" ("tia"). Daí, também, a ironia do texto.

Virginia Mayo/Associated Press

Dilma, à esquerda, concede entrevista coletiva ao lado de Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu


"O país ranqueado em 152º pelo Banco Mundial por seu pesado sistema tributário está aconselhando contra impostos restritivos", escreve a autora, Samantha Pearson.

A crítica é uma reação à advertência feita por Dilma na segunda-feira, durante visita à Europa. Não pela primeira vez, ela fez duras críticas ao modo com que os países desenvolvidos vêm controlando suas finanças.

"Políticos brasileiros recentemente têm tomado a si a resolução da crise financeira internacional, distribuindo conselhos", diz o texto.

O artigo aponta Guido Mantega, ministro da Fazenda, como "pioneiro" nessa prática, após ter feito discursos inflamados acerca da guerra cambial e propor, em setembro, um pacote de resgate ao euro vindo dos Brics.

Pearson escreve sobre a surpresa trazida pela "sugestão de que o Brasil deveria resgatar países [...] cujo PIB per capita é três vezes maior do que o seu próprio".

O artigo aponta que a posição do país, além de não ser realista, é também hipócrita.

"Dilma recentemente falou sobre a necessidade de combater o protecionismo apenas uma semana após aumentar impostos sobre carros estrangeiros em colossais 30 pontos percentuais."

domingo, 2 de outubro de 2011

Protesto do Detonautas provoca 2º coro anti-Sarney do Rock in Rio - 02/10/2011 #marchacontracorrupcao e #anonymous

Marcha contra corrupção em Salvador no próximo dia 12/10

O movimento contra a Corrupção, promove no próximo dia 12 de outubro, marchas em várias cidades do país. Em Salvador, a marcha será realizada a partir das 14 horas, saindo de Ondina em direção à Barra. O ato público vai contar com a participação da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB). Segundo a juíza Márcia Lisboa, da diretoria da AMAB, a associação está se engajando no ato. Os juízes irão participar como cidadãos. A convocação está sendo feita
desde o dia 23 de setembro, através do site da AMAB. O Movimento Contra a Corrupção nasceu espontaneamente no Facebook e reuniu milhares de pessoas na sua primeira manifestação em Brasília, no dia 7 de setembro. Segundo a estudante Maiara Gomes, uma das organizadoras do movimento, além do combate à corrupção e a impunidade, os voluntários exigem o fim do voto secreto no Congresso, sistema que resultou na absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada em vídeo recebendo propina antes de ser eleita. “Temos recebido adesões de todo o país. As marchas ocorrerão, simultaneamente, em várias cidades. O país chegou ao seu limite”, comentou Maiara. (Tribuna)



sábado, 1 de outubro de 2011

TCU identifica sobrepreço em obras de terminal salineiro

O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou sobrepreço de R$ 21,6 milhões ao fiscalizar as obras de ampliação e melhoramentos do Terminal Salineiro de Areia Branca (RN). O TCU deu prazo de 15 dias para a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), responsável pela obra, apresentar esclarecimentos sobre o sobrepreço e sobre outras irregularidades identificadas.
A auditoria do tribunal também encontrou deficiências no projeto básico, relativas à ausência de sondagens geológicas, sobrepreço por contratação de itens de serviço com valores excessivos, inexistência de critérios de aceitabilidade de preços unitários e deficiência na apresentação das informações da planilha orçamentária.
O Terminal Salineiro de Areia Branca é responsável pelo embarque do sal produzido nas salinas do RN, onde se concentra 95% da produção brasileira.
O ministro Aroldo Cedraz foi o relator do processo.



Serviço:
Acórdão 2519/2011-Plenário
Processo TC 012.903/2011-6
Sessão 21/9/2011

TCU determina anulação de pregão na Universidade Federal de Santa Catarina

(30/09/2011 16:25) TCU determina anulação de pregão na Universidade Federal de Santa Catarina

O Tribunal de Contas da União determinou à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que anule pregão eletrônico para compra de caldeirões autogeradores de vapor para o restaurante universitário.
O tribunal constatou que não houve pesquisa adequada de preços, não sendo possível aferir se a proposta vencedora seria a melhor para a administração, podendo resultar em danos aos cofres públicos. A pesquisa foi realizada somente junto a empresas de Porto Alegre (RS), sendo que das três empresas participantes, uma não era do ramo e outras duas pertenciam ao mesmo proprietário e tinham mesmo endereço comercial.
O relator do processo foi o ministro José Jorge.



Serviço:
Acórdão nº 2531/2011 PL
Processo TC 016.787/2011-0
Sessão 21/9/2011

http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/imprensa/noticias/detalhes_noticias?noticia=3808744