domingo, 31 de outubro de 2010

DILMA ROUSSEF - PRESIDENTE DO BRASIL

RESPEITEMOS A DECISÃO DO POVO
Pela obrigação e respeito pela democracia, temos a obrigação de permitir a governabilidade, desde que ela o faça com a confiança que o povo lhe impos!


MPE FAZ APRENSÕES DE MATERIAL DE BOCA DE URNA

Muitos flagrantes de boca de urna em Belém. Mais de 30 kg de material apreendido até agora pelo MP Eleitoral.
http://twitter.com/#!/MPF_PA/status/29294813120




Material usado em boca de urna irregular.


Material de campanha e 140 copinhos de água foram apreendidos pela equipe de fiscalização do MP Eleitoral. O taxista prestou depoimento e foi liberado. Ele distribuía água próximo a uma seção eleitoral no bairro de Canudos. ( Grifo meu: o Taxista usava no Táxi que é cessão públia adesivos de Dilma - 2 crimes em um só )

FORA DILMA - CORRENTE GERAL - VIRADA CONTRA PT

Zé Serra do Bem Contra Dilma do Mal - Perdidos no youtube

Assista este video antes de votar, simplesmente o Hino Nacional



HINO NACIONAL BRASILEIRO

Música de FRANCISCO MANUEL DA SILVA
Letra de JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito à própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada,
Entre outras mil
És tu, Brasil.
Ó Patria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida"
"Nossa vida", no teu seio, "mais amores"
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme quem te adora, a própria morte,
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

EDIR MACEDO x STJ - MP pode solicitar aos EUA quebra de sigilo bancário

O Ministério Público do Estado de São Paulo pode solicitar a quebra de sigilo bancário de membros da Igreja Universal do Reino de Deus em instituições financeiras norte-americanas, com base no Tratado de Assistência Legal Mútua entre Brasil e Estados Unidos (MLAT). O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, suspendeu os efeitos de sentença da Justiça paulista que impedia a solicitação das informações.

A decisão do ministro Pargendler se deu ao analisar um agravo regimental em suspensão de segurança (SS 2382). Ele reconsiderou a decisão anterior que negava o pedido do MP. Ao reanalisar o caso, o ministro ponderou que a cooperação jurídica internacional, na modalidade auxílio direto, tem caráter de solicitação, de forma que seu atendimento ou não depende da legislação do Estado requerido.

Como a solicitação do MP foi dirigida a autoridade dos Estados Unidos, o ministro Pargendler entendeu que “nada importa, para esse efeito, o que a legislação brasileira dispõe a respeito. As investigações solicitadas serão realizadas, ou não, nos termos da legislação daquele país”.

O pedido de assistência legal aos Estados Unidos foi solicitado pelo Ministério Público no âmbito de um inquérito civil instaurado para apurar notícias de irregularidades praticadas por membros da Igreja Universal, como desvio de dinheiro da igreja para enriquecimento de particulares. Além de quebra de sigilo bancário de pessoas físicas e jurídicas, há também a solicitação de congelamento de bens.

A igreja impetrou mandado de segurança contra ato do promotor de Justiça Saad Mazloum. A juíza de primeiro grau concedeu a ordem para tornar nula a solicitação do MP, por entender que, não apenas a quebra de sigilo bancário, mas o próprio pedido de quebra de sigilo bancário precisava de prévia autorização judicial no Brasil. O Tribunal de Justiça paulista também entendeu ser necessário o cumprimento das formalidades de lei nacional para se obter informações bancárias, ainda que por meio de cooperação internacional.

Primeiramente, o ministro Ari Pargendler havia concordado com a interpretação dos magistrados do Judiciário paulista. Contudo, após avaliar trabalho doutrinário do ministro Gilson Dipp, também do STJ, Pargendler reviu sua posição. Ele ficou convencido de que, no pedido de auxílio jurídico direto, o Estado estrangeiro não se apresenta na condição de juiz, mas de administrador. Nessa situação, não há o encaminhamento de uma decisão judicial a ser executada, mas uma solicitação de assistência para que, em outro território, sejam tomadas providências para satisfazer o pedido.

Fonte: Com informações do Superior Tribunal de Justiça

Brasil mostra a sua cara

sábado, 30 de outubro de 2010

BLOG DO ALUIZIO AMORIM: SITE DO PT VOLTA A AMEAÇAR A IGREJA, PROMETE APROV...

BLOG DO ALUIZIO AMORIM: SITE DO PT VOLTA A AMEAÇAR A IGREJA, PROMETE APROV...: "Site do PT volta a ameaçar a Igreja e o movimento cristão contra o abordo e anuncia que Dilma no governo irão massacrar o Estado de São Paul..."

E ainda voce acredita do PT ? Tema: Impostos Serra X Lula - Debate 2002

DEBATE DA GLOBO COMPLETO - SERRA SUPERIOR EM TUDO

SERRA SUPERIOR EM TUDO. VENCERÁ A ELEIÇÃO!



http://aluizioamorim.blogspot.com/2010/10/serra-superior-em-tudo-vencera-eleicao.html

EXTRA! NESTE VÍDEO O DEBATE DA GLOBO COMPLETO
No derradeiro debate antes da eleição deste domingo ficou mais uma vez comprovada a superioridade de José Serra, como mais preparado em todos os aspectos. Tem experiência ampla, conhecimento profundo de todos os temas apresentados pelas perguntas dos eleitores. E mais: foi objetivo, dizendo como os problemas podem ser solucionados e, ao mesmo tempo, apontando a inércia flagrante do governo do PT em todas as áreas da administração federal.

Reafirmou o propósito de governar para os brasileiros e não apenas para um partido político, aludindo ao evidente aparelhamento de todas as instâncias estatais pela turma do PT.

Para quem viu o debate ficou mais do que claro que Dilma Rousseff não tem o preparo e muito menos estofo político para lidar com a complexidade do cargo de Presidente da República. Além disso, tem uma dificuldades imensa de articular uma frase com começo, meio e fim. Em certos momento não se entende nada do que ela quer dizer.

Suponho que a maioria dos indecisvos que formulava as perguntas entendeu menos ainda, ao passo que neste aspecto José Serra foi extremamente didático, simples, conciso e dominou o tempo, enquanto Dilma patinou.

É claro que a maioria dos analistas dos jornalões e da própria TV Globo vão tentar equiparar os dois candidatos, o que não corresponde à verdade. Os jornalistas da grande imprensa brasileira quando não são petistas de carteirinha tentam posar como imparciais. A imprensa brasileira quando não apóia o poder também não exprime uma opinião. Especialmente as televisões e o rádio.
A opinião legítima e clara cabe na atualidade brasileira ao jornalismo digital, ou seja, aquilo que estou fazendo aqui no blog e o que vocês podem encontrar nos blogs independentes como este.

Para os eleitores brasileiros tudo está muito claro. Chegamos ao final de uma campanha quando nunca antes na história da República o poder do Estado, o avanço nos cofres públicos e os escândalos tiveram a dimensão que todos estão vivenciando. Dilma, essa desconhecida, foi imposta pelo Lula que do alto de sua suposta populariadade de 100% imaginou que poderia empurrar goela abaixo da população brasileira a sua marionete.

Vemos, apesar disso tudo, que a eleição chega à reta final do segundo turno equilibrada e com a alegre possibilidade de uma virada, de todo necessária para oxigenar a democracia, permitir a saudável alternância do poder.

No caso presente é forçoso reconhecer-se que esta eleição não só é necessária para cumprir a alternância governamental, mas surge como um marco definitivo no que diz respeito ao futuro da democracia e da liberdade no Brasil, haja vista o dito projeto de poder do PT que deseja implantar uma ditadura comuno-bolivariana.

A primeira medida desse nefasto projeto petista é a censura à imprensa, enquanto a leniência no que respeita à segurança pública faz parte desse maquiavélico plano de domínio do PT, como faz também a destruição dos valores morais, éticos e religiosos cujo o emblema é não a descriminalização do aborto, mas o seu incentivo. Isto implica, sem dúvida, a desconsideração pela vida e a indução ao crime que cresceu assombrosamente durante os últimos oito anos. O PT na verdade não governou, fez marketing político e tratou de desconstruir os valores que dão conformidade à civilização ocidental e que já agonizam o território latino-americano.

Neste aspecto a eleição que se fere neste domingo traz consigo uma pergunta fundamental aos eleitores: se desejam a democracia, o respeito à lei e à ordem e à vida, ou se submeterão aos ditames de um governo de corte socialista-bolivariano nos moldes do que existe atualmente na Venezuela.

Infelizmente a questão política não entrou como devia ter entrado neste último debate. O que me parece é que houve uma deliberada intenção da Rede Globo em pasteurizar a coisa toda. A questão política foi trocada por coisas não menos importantes, mas que estão do jeito que estão exatamente em razão da componente política levada a efeito pelo PT no seu afã de eternizar-se no poder.

Para concluir, nunca é demais reafirmar: José Serra, como em todos os debates e em toda essa campanha foi o grande vencedor. Nunca se curvou, ou baixou a cabeça ou ficou desanimado, mesmo tendo contra si praticamente toda a imprensa nacional; mesmo vendo seus familiares terem seus sigilos quebrados e sua esposa D. Mônica ser caluniada pelo jornal Folha de São Paulo.

Face a tudo isso José Serra já é um vencedor. Demonstrou, como já disse aqui, equilíbrio emocional, conhecimento, experiência e exposição clara de suas idéias, atributos que se exige para quem deseja ser Presidente de um país do tamanho do Brasil.

No domingo os brasileiros terão a oportunidade de eleger o melhor candidato, o mais preparado que apareceu até hoje no Brasil, além do fato de nos dar a segurança da continuação da democracia e da liberdade, sobretudo da liberdade de expressão, da liberdade de Imprensa. Nem que seja para a Folha de São Paulo caluniar.

Pelo debate final, pelo clima eleitoral que se forma neste finalzinho de campanha José Serra reúne todas as condições de ser o vencedor. O jogo será jogado neste domingo!

DILMA A VACA DE TROIA DO PT

Semana Nacional de Mobilização - Serra Presidente.

Justiça condena Sanepar de Foz em R$1 milhão por terceirização irregular

Curitiba (PR), 29/10/2010 - O Ministério Público do Trabalho no Paraná obteve decisão favorável da Justiça Trabalhista em uma ação civil pública ajuizada contra a Sanepar, unidade de Foz do Iguaçu.

A Justiça condenou a Sanepar por terceirização ilícita ao pagamento de R$1 milhão de indenização por danos morais coletivos.

Segundo o procurador do MPT em Foz do Iguaçu, Enoque Ribeiro dos Santos, que propôs a ação, a Sanepar vem burlando a legislação trabalhista, terceirizando serviços ligados à sua atividade-fim, como os de manutenção e de reparos nas redes de água e esgoto.

A Justiça também determinou qua a empresa deixe de contratar empresas interpostas para executar esse tipo de serviço, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil por trabalhador contratado. A pedido do MPT, também foi determinado que a Sanepar faça a substituição dos trabalhadores terceirizados por empregados públicos, aprovados em concurso de provas e títulos, conforme determina a Constituição Federal, que deve ser realizado no prazo de 270 dias.

A indenização de R$1 milhão por danos morais poderá ser revertida em obrigações ou bens para entidades filantrópicas sem fins lucrativos localizadas em Foz do Iguaçu e região, a critério da Justiça Trabalhista e do MPT-PR.

Fonte: Ministério Público do Trabalho no Paraná

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PAPA ENTRA NA GUERRA DECLARADA PELO PT CONTRA IGREJA

ESCÂNDALOS DO GOVERNO LULA - VEJA.com

ESCÂNDALOS DO GOVERNO LULA - VEJA.com





































18 de maio de 2005

Mauricio Marinho, diretor dos Correios, foi filmado e gravado
embolsando um pacote de dinheiro dado por um corruptor

Leia
reportagem

Assista
ao trecho:
56k 100k
200k
Outros
trechos
8 de junho de 2005

Entrevista de Lídio Duarte a VEJA
Ouça
trechos
10 de novembro de 2005

Entrevista que Vladimir Poleto deu a VEJA sobre dólares
para PT

Ouça
entrevista

Leia
reportagem





MPF e Correios assinam TAC - sobre Propina à Partidos Politicos e Empregados da ECT

MPF/DF e Correios assinam TAC para ajustar irregularidades encontradas pelo MPF, CGU TCU e Policia Federal. E citam no relatório que após denúncia do Mensalão 2005 continuou as irregularidades e propina nos Correios .


Na investigação foram encontrados irregularidades prejuízos em 24 contratos, dentro deles um que resultou em prejuízo irreparável Marfinite Produtos Sintéticos. Investigadores encontraram em computadores utilizados por empregados da ECT planilhas suspeitas com informações sobre o andamento de contratos da estatal e sobre o pagamento de valores a partidos políticos e a empregados da ECT.

O acordo, que prevê multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil, visa prevenir futuras irregularidades e facilitar a identificação dos agentes públicos responsáveis
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) assinaram acordo para que a empresa corrija falhas nos processos de licitação e gestão de contratos e cumpra a Lei de Licitações (nº 8.666/93). A ideia é garantir a adoção de mecanismos que previnam irregularidades e facilitem a responsabilização dos agentes públicos envolvidos.

De acordo com o termo de ajustamento de conduta (TAC), os Correios devem, dentro de 30 dias, designar funcionários da empresa para acompanhar e fiscalizar cada um dos contratos em andamento.

Além disso, a Administração Central da ECT tem seis meses para se adequar às normas licitatórias, principalmente quanto à manutenção de arquivo cronológico dos contratos e documentos equivalentes, numeração sequencial e rubrica de todas as páginas dos processos administrativos de licitação e contratação. As Diretorias Regionais da ECT têm 18 meses para adotarem os mesmos procedimentos.

Os Correios comprometem-se, ainda, a manter arquivado, por dez anos, todos os processos administrativos referentes à licitação e à gestão de documentos; e não descartar quaisquer documentos relacionados aos processos de contratação sob investigação do Ministério Público, da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Polícia Federal.
Os problemas na gestão de documentos e processos de contratação foram identificados a partir de 2006, quando os investigadores encontraram em computadores utilizados por empregados da ECT planilhas suspeitas com informações sobre o andamento de contratos da estatal e sobre o pagamento de valores a partidos políticos e a empregados da ECT.
Caso descumpra o acordo, a ECT está sujeita a multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil, a serem aplicadas aos gestores e dirigentes que derem causa ao fato ou se omitirem na sua apuração.

Medida relevante – Segundo os procuradores da República Bruno Acioli e Raquel Branquinho, o documento representa, acima de tudo, o reconhecimento, pelos Correios, de que a empresa precisa adequar sua gestão de contratos à legislação. Além disso, consideram que a medida tem caráter pedagógico, o que, certamente, contribuirá na prevenção de irregularidades.

Depois de realizar auditorias em tais contratações e requisitar os originais dos respectivos processos, o MPF e a CGU detectaram inúmeros vícios e falhas, entre as os quais se destacam contratos sem rubrica dos responsáveis, documentos sem autuação, páginas fora de ordem, ausência de cronologia nos processos, numeração de folhas com rasura ou ilegível, além do expurgo indevido de contrato.

Confira aqui a íntegra do termo de ajustamento de conduta.



http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_patrimonio-publico-e-social/mpf-df-e-correios-assinam-acordo-para-empresa-se-adequar-a-lei-de-licitacao

Reelembrando o caso


Autópsia da corrupção

Relatório da Polícia Federal diz que fisiologismo político e desvio de dinheiro infestam órgãos públicos e empresas estatais

Policarpo Júnior

Clique na imagem para ampliá-la

Foto Sergio
Lima/Folha Imagem




Maurício Marinho, diretor dos Correios, foi filmado recebendo propina e narrando como funcionava o esquema de corrupção na estatal. O caso detonou o escândalo do mensalão, que levou o Supremo Tribunal a processar quarenta pessoas. A Polícia Federal investigou e concluiu que o fisiologismo está disseminado em todas as áreas do governo. Os partidos usam os cargos públicos para desviar dinheiro e abastecer campanhas eleitorais

Em maio de 2005, VEJA publicou uma reportagem revelando o monstro que se cria quando se misturam no mesmo ambiente interesses públicos, privados e políticos.
Um diretor da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) foi flagrado em uma gravação de vídeo recebendo propina e narrando em detalhes o funcionamento de uma estrutura clandestina de arrecadação de dinheiro. As imagens correram o mundo e provocaram o maior escândalo político desde o impeachment do presidente Fernando Collor. O Congresso instaurou uma comissão parlamentar de inquérito e, a partir dela, desvendou-se uma enorme rede de corrupção envolvendo gente graúda do governo, parlamentares e empresários.
O esquema, batizado de mensalão, arrecadava dinheiro em empresas públicas para subornar deputados. Quarenta pessoas estão sendo processadas por crimes de corrupção e formação de quadrilha. Agora, quase três anos depois, a Polícia Federal concluiu a investigação sobre a gênese do escândalo. Os Correios eram exatamente aquilo que as imagens mostraram – um covil usado pelos políticos para desviar dinheiro público mediante a indicação de pessoas para ocupar cargos estratégicos. Funcionava nos moldes de uma organização criminosa, com chefes,
escalões de comando, contabilidade própria, ameaças, extorsões e pagamentos de propina.


VEJA teve acesso ao relatório final da Polícia Federal sobre o caso.
O documento revela o poder de destruição de uma das piores pragas da política brasileira: o loteamento de cargos. Em 130 páginas, a Polícia Federal disseca, a partir dos Correios, a maneira como os políticos tomam de assalto empresas públicas para satisfazer interesses pessoais e partidários. O relatório ajuda a entender por que deputados e senadores, independentemente de credo ou ideologia, vivem numa guerrilha permanente para indicar seus afilhados para cargos no governo federal, estadual ou municipal.
Fica evidente que a meta a ser perseguida é o binômio poder e dinheiro – principalmente dinheiro, que compra o poder. Maurício Marinho, o funcionário filmado recebendo propina, foi escolhido para ocupar o cargo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), uma das catorze agremiações aliadas ao governo. Por sua mesa, em três anos, transitou boa parte dos negócios realizados pela companhia. A polícia, com a ajuda de auditores, constatou que os contratos assinados por Marinho e outros diretores dos Correios, em sua maioria, foram "cavilosamente fraudados". Há casos de licitações dirigidas, compras sem necessidade, conluio entre empresas e superfaturamento em índices inacreditáveis de 400%. Tudo isso envolvendo mais 8 bilhões de reais em recursos. Parte desse dinheiro, segundo a polícia, foi desviada dos cofres públicos para os bolsos dos corruptos e alimentou campanhas políticas.

Dida Sampaio


O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, foi indiciado por crime de formação de quadrilha. Foi dele a responsabilidade pela indicação dos funcionários que arrecadaram propina para o partido

As suspeitas sobre as verdadeiras motivações dos políticos em busca de cargos públicos sempre existiram no imaginário dos eleitores, mas essa é a primeira vez que ela se materializa de forma tão evidente. Os partidos estão no centro do que a polícia chama de "esquema criminoso" dos Correios. Dois deles foram apontados no relatório da polícia: o PTB e o PT, mas não está descartada a possibilidade do envolvimento de outras organizações, como o PMDB. No caso do PTB, ficou comprovado que o presidente do partido, o ex-deputado Roberto Jefferson, "realizou um verdadeiro loteamento" dos Correios para operar "fábricas de dinheiro". O esquema funcionava da seguinte maneira: para prestar serviços à estatal, a empresa interessada aceitava destinar um porcentual de seus ganhos ao partido, que variava de 3% a 5% de tudo o que recebesse. O acerto era feito diretamente com os representantes da agremiação.
O grau de requinte chegava ao ponto de a quadrilha manter uma contabilidade on-line do dinheiro desviado. A polícia apreendeu no computador de um dos dirigentes petebistas uma planilha mostrando em detalhes como era cobrada a propina partidária.
O arquivo, com o sugestivo nome de "conta corrente", mostrava o nome da empresa, o valor do contrato, o funcionário responsável pela cobrança, o porcentual do acerto e a freqüência do pagamento.


Em períodos de eleição, o PTB ainda exigia das companhias que fornecessem uma ajuda direta aos seus candidatos. Os empresários eram lembrados de que, para continuar desfrutando seus gordos contratos com os Correios, a vitória nas urnas era imprescindível.
Cada um deles recebia um CD com a matriz do material de campanha dos candidatos do partido. Normalmente, eram pedidos de santinhos e camisetas com a foto do político e o nome do partido.
"As solicitações de contribuições aos fornecedores da ECT por parte dos empregados dos Correios, membros da quadrilha, eram explícitas e algumas vezes chegavam à beira da extorsão. Além da entrega de dinheiro em troca de informações e de benefícios indevidos nos procedimentos administrativos de licitação, nas prorrogações de contratos, na repactuação de preços, os fornecedores da ECT também contribuíam diretamente para o partido nas campanhas eleitorais", descreve o relatório policial. Não se sabe quanto o PTB arrecadou nos Correios, mas as estimativas mais modestas falam em 10 milhões de reais. Roberto Jefferson e os dirigentes indicados pelo PTB foram indiciados por crime de formação de quadrilha, corrupção e fraude em licitações.
O líder trabalhista ainda vai enfrentar outro processo.
Quando explodiu o escândalo, o ex-deputado disse que estava sendo vítima de extorsão. Numa curiosa inversão de papéis, a falsa denúncia levou à prisão do consultor Arlindo Molina, que ficou detido durante nove dias, enquanto os corruptos permanecem livres até hoje. "Espero que o Ministério Público cumpra seu dever e acuse o ex-deputado por crime de denunciação caluniosa", diz Molina.

Paulo Liebert/AE

O PT, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, mentor e chefe do mensalão, foi apontado como suspeito de participar da quadrilha que, junto com o PTB, saqueou os cofres dos Correios

As diretorias dos Correios foram divididas – ou "loteadas", como afirma a polícia – também entre os políticos do PT e do PMDB. O resultado das investigações mostrou que o método trabalhista não era exclusivo do partido. Segundo o relatório, as nomeações para os Correios e para outras empresas públicas obedeciam ao mesmo critério. Os parlamentares indicavam nomes afinados com seus interesses, que eram avalizados pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e por Silvio Pereira, então secretário-geral do PT. Esses dois personagens, como se sabe hoje, foram os mentores do mensalão, o esquema clandestino de arrecadação de fundos do PT. O relatório mostra que o Partido dos Trabalhadores também deixou suas digitais em fraudes e desvios de dinheiro nos Correios.
A Polícia Federal detectou graves irregularidades na área de tecnologia da estatal, como fraude em licitações e cobrança de propina. "Tais atos dizem respeito à possível atuação de uma quadrilha comandada por pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores", descreve a polícia. No período investigado, entre 2003 e 2005, o setor foi comandado por Eduardo Medeiros, um petista abençoado por José Dirceu e Silvio Pereira.
Há dois inquéritos na PF vasculhando exclusivamente a ação dos petistas.

Paulo Liebert/AE



Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, fisgado no mensalão, saiu rindo à toa de uma condenação simbólica. Ele avalizava as indicações de cargos nos Correios .

Um dos alvos de investigação federal citados no relatório é a empresa de computadores Novadata. No vídeo, Maurício Marinho contou que a companhia conseguiu uma série de benefícios nos Correios depois de fazer um "acerto" com a diretoria de tecnologia. Levantamentos feitos pela Controladoria-Geral da União e anexados ao inquérito mostraram que
a Novadata conseguiu um reajuste inexplicável no valor de um de seus contratos e ainda venceu outra licitação, cujos critérios de escolha foram absolutamente irregulares.
A empresa também foi poupada de multas por atraso na execução dos serviços. A Novadata pertence ao empresário Mauro Dutra, amigo e companheiro de pescaria do presidente Lula há mais de duas décadas. Dutra também exerce o papel de arrecadador extra-oficial de recursos para campanhas petistas e é dono de uma ONG que recebeu dinheiro público para treinar trabalhadores – e que prestava conta do serviço usando notas fiscais frias. "Apesar de ainda não ter sido cabalmente provado, Mauro Dutra é suspeito de ter feito acertos com servidores de pelo menos duas áreas dos Correios para vencer uma licitação e, também, para obter reajuste de 5,5 milhões no valor de um contrato", diz o relatório.

O escândalo, que nasceu com as revelações de Maurício Marinho e tragou, com a descoberta do mensalão, o que se supunha ainda existir de ética em alguns partidos políticos, expôs as vísceras do que há de pior na política brasileira. Mas, ao que parece, não serviu nem de lição. Na semana passada, em plena reunião ministerial – um evento tradicionalmente nobre e simbólico –, o presidente Lula aproveitou a presença do contingente de ministros para falar exatamente sobre distribuição de cargos. A chamada base aliada do governo, da qual ainda faz parte o PTB de Roberto Jefferson, vive ameaçando se rebelar se cargos e mais cargos não lhe forem imediatamente entregues. O fisiologismo não é uma invenção de Lula ou do PT. Ele faz parte de uma conveniente estratégia política usada por todos os presidentes que o antecederam. A diferença, agora, é que as negociações de cargos, por seu caráter pouco nobre e suas intenções
nada explícitas, são escancaradas, sem nenhuma cerimônia. "O fisiologismo sempre existiu, mas Lula o levou ao paroxismo e ficou prisioneiro dele. Sem o mensalão, o governo só tem cargos e emendas para compor sua base de sustentação", analisa a cientista política Lucia Hippolito.

2008 é ano eleitoral. Mas isso, aparentemente, tem pouca relevância na discussão sobre cargos. Afinal, os interesses em colocar afilhados no governo seriam todos republicanos. Os políticos querem fazer nomeações porque acham que suas experiências de vida e seus partidos podem ajudar a melhorar o país. "O cargo é uma coisa simbólica, que serve para mostrar que se tem poder. Isso ajuda o deputado a implementar suas idéias em benefício da população", explica o deputado Mário Negromonte, líder do PP na Câmara, outro dos partidos da base aliada do governo. Maurício Marinho, Roberto Jefferson, José Dirceu, Silvio Pereira, o mensalão, o fisiologismo e a corrupção nos Correios seriam, portanto, exceções nesse universo de boas intenções. Diz a Polícia Federal: "Ao longo dos anos vem ocorrendo, tanto nos Correios quanto em outras empresas estatais do país, uma espécie de ‘loteamento’ dos cargos em comissão a pessoas dos mais diversos matizes políticos que se alternam no poder. Através desse instrumento censurável, busca-se angariar recursos financeiros junto às empresas privadas (...) Esses recursos, geralmente provenientes de ‘caixa dois’, são, em parte, destinados aos partidos políticos infiltrados nas empresas públicas à custa da dilapidação do erário levada a cabo por meio de fraudes de toda ordem realizadas em licitações".


Celso Junior/AE

"Deputados e senadores precisam mostrar poder dentro do governo para desenvolver sua carreira política. Com os cargos, o político consegue atender à comunidade, atrair apoio dos prefeitos e montar sua base. Dependendo do cargo que você indique, fica próximo de empresários e financiadores de campanha, o que é essencial para todo político atualmente."

Ricardo Izar, vice-líder do PTB na Câmara


Sergio Dutti/AE

"A idéia de coalizão que eu tenho é de um presidencialismo parlamentarista. O presidente pega um setor e entrega a um partido que o apóia. Esse partido implementa suas políticas e passa a ser responsável pelos resultados. O PMDB, por exemplo, tem muito interesse na área da agricultura. Deveria ocupar integralmente esse ministério, todos os cargos de confiança, e garantir o apoio de seus parlamentares ao governo."

Michel Temer, presidente do PMDB

Joedson Alves/AE

"O cargo é uma coisa simbólica, que serve para mostrar que se tem poder. E o maior poder que você pode mostrar na base é a indicação de aliados para os principais cargos, do delegado do Ministério da Agricultura, do chefe da representação do Ministério da Saúde. Esse poder, além de simbólico, também pode ajudar o partido e o deputado a implementar suas idéias em benefício da população."

Mário Negromonte, líder do PP na Câmara

Celso Junior/AE

"Em um governo de coalizão, a administração deve ser compartilhada entre os partidos, o que significa distribuir cargos para os parlamentares. O político quer os cargos porque lhe dão visibilidade, que é essencial para sua eleição. Quem tem um cargo no DNIT em seu estado pode decidir quais obras serão priorizadas e comparecer a todas as inaugurações. É
a face da atuação política dele, é voto na certa."

Luciano Castro, líder do PR na Câmara

Com reportagem de Otávio Cabral


A Polícia Federal apreendeu nos computadores dos dirigentes dos Correios ligados ao PTB uma planilha em que estavam contabilizados os valores das propinas cobradas das empresas


ESCÂNDALOS DO GOVERNO LULA - VEJA.com